O grupo trabalha com moradores de rua há 5 anos e atua, por enquanto, na Catedral de Santos. Daqui a alguns dias, centralizará suas ações no imóvel restaurado, onde nasceu o Complexo Educacional Santa Cecília.
Em 16 de outubro próximo, o imóvel da primeira escola do Complexo Educacional Santa Cecília, instalada há 51 anos na Rua Conselheiro Rodrigues Alves, 332, no Macuco, será inaugurada com o objetivo de desenvolver atividades sociais, culturais e beneficentes, além da preservação da memória da instituição.
O Grupo das Andorinhas vai se instalar no local. Valéria Simões Teixeira, idealizadora há 5 anos do Grupo, explica que ele é formado por mulheres com ligações familiares. Ela conta como a entidade começou:
“Recebi uma grande graça de Deus em 2007 e resolvi fazer algo a mais para ajudar os necessitados. Desta maneira, estaria retribuindo a benção de Deus e evoluindo espiritualmente. Então, veio à minha mente uma frase bíblica muito conhecida: ´Dai de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede`. E todas abraçaram esta causa, com dedicação e amor”.
Sobre o nome escolhido, ela explica:
“Escolhi este nome porque em uma manhã olhei para o céu e vi a beleza das andorinhas voando todas juntas e lembrei-me do ditado, ‘uma andorinha só não faz verão’, uma ajuda a outra e todas juntas se ajudam. Assim nomeamos nosso Grupo de Andorinhas. Aprendemos muito com este trabalho, um outro lado da vida que não conhecíamos e passamos a valorizar mais cada instante das nossas vidas.”
Nascia o trabalho de ajuda aos moradores de rua. Inicialmente, atuavam no Lar Santo Expedito com 50 refeições por semana, depois passaram para o São Vicente de Paula com 80, para a Igreja São José Operário com 100 e, atualmente, estão na Catedral com mais de 150 refeições semanais.
A partir de 16 de outubro, as Andorinhas começarão a trabalhar na casa da Rodrigues Alves, fornecendo almoços, e com a probabilidade de outras refeições futuras. Promoverão bazares, bingos e outros eventos beneficentes, sempre com o intuito de ajudar ao próximo.
Valéria, que é professora e pedagoga educacional, mãe de Caroline e Marcelinho Teixeira, deu aulas no Cantinho da Tia Cecília, de 1987 a 1992, quando se casou com Marcelo Teixeira e passou a dedicar-se à maternidade e ao lar, acompanhando grande parte da história do Santa Cecília e seu crescimento. “Sou testemunha do amor, do carinho e da dedicação de toda família Teixeira por este Complexo Educacional, suas lutas e seus ideais pelo ensino”, diz.
“Desenvolver este trabalho, onde funcionou a primeira escola, é de muita responsabilidade, por ser um lugar de inesquecíveis memórias. Vou ajudar a renascer as esperanças que lá foram iniciadas, com a mesma dedicação e determinação. E se este local fez histórias no passado, vamos continuar fazendo no presente e no futuro, com as próximas gerações, que seguem muito bem os bons exemplos de toda a família”, conclui Valéria.