A Faculdade de Fisioterapia e o Grupo Lótus – Associação Parkinson da Baixada Santista firmaram, nesta quarta (9/08), Acordo de Cooperação Técnica que prevê a realização de avaliações fisioterapêuticas especializadas pelos alunos da Universidade Santa Cecília, bem como o atendimento dos pacientes da entidade com lesões físico-funcionais, na Clínica da Unisanta.
“É um trabalho de extrema importância para a nossa cidade, visto que muitos não possuem um diagnóstico ou tratamento especializado. Nós, da Unisanta, estaremos aqui com todos os profissionais, oferecendo um atendimento totalmente exclusivo para que esses pacientes saiam daqui com uma maior qualidade de vida, independência e autonomia e possam seguir suas atividades de vida diária”, afirma a diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Unisanta, Dra. Caroline Simões Teixeira Perrella.
De acordo com a presidente do Grupo Lótus, Márcia Silveira Farah Reis, a cidade de Santos possui uma média de 1600 pessoas com Parkinson. Na Baixada Santista, esse número aumenta para cerca de 6000 pessoas diagnosticadas com a doença.
“O Grupo Lótus está extremamente satisfeito com essa parceria que é muito importante para nossos associados terem a disponibilidade de um atendimento especializado de fisioterapia e a Unisanta abriu essa porta. Tenho certeza de que todas as pessoas com Parkinson vão estar em boas mãos e terão uma melhor qualidade de vida, que é o que mais almejamos para as pessoas que atendemos”, ressalta a presidente.
Para a reitora da Unisanta. Profa. Dra. Sílvia Ângela Teixeira Penteado, é um privilégio para a Universidade Santa Cecília cooperar com o Instituto Lótus, tão reconhecido por sua ação social e científica. “Com certeza muitos avanços virão no atendimento de uma doença que precisa ser diagnosticada rapidamente e, principalmente, precisa haver uma ação de sinergia, de equilíbrio e integração com todos os agentes da saúde pública, particular e social”.
Atendimento – De acordo com o coordenador do curso de Fisioterapia da Unisanta, Prof. José Luiz Portolez, o acompanhamento dos pacientes será realizado pelos alunos do 4º e 5º anos, dentro da disciplina de Clínica de Fisioterapia Neurológica do Adulto, ministrada pela Profa. Renata Banjai. “É mais uma experiência bastante enriquecedora para os nossos alunos poderem atender esse perfil, além de desenvolver a vivência de trabalhos em grupos com esses pacientes”, explica.
A Profa. Renata destaca o aumento do número de pacientes com Parkinson que poderão ser assistidos na Clínica da Unisanta através da parceria, além dos novos conhecimentos que serão obtidos pelos estudantes sobre a doença.
“Teremos a oportunidade de atender uma demanda maior e os alunos vão conseguir ter uma vivência mais ampla de todos os aspectos envolvidos com a doença, não apenas os sinais específicos e as limitações individuais. Isso trará para os alunos um olhar mais abrangente e a capacidade de, no futuro, auxiliar de maneira mais positiva e global as pessoas envolvidas, tanto na orientação das famílias como no manejo dessa doença que infelizmente é muito frequente em nossa sociedade”, destaca a docente.
André de Fazio, associado e integrante do Grupo Lótus, fala sobre os benefícios da parceria para as pessoas que convivem com a doença de Parkinson, como é o seu caso. “É um voo sensacional da Unisanta, que demonstra sua sensibilidade para com os portadores de Parkinson, não só de uma maneira geral, para a população da região, mas também específica para a fisioterapia, uma coisa muito importante para nós portadores de Parkinson, porque nos dá, além do preparo físico, a estabilidade para andar mais seguros e confiantes”, afirma.
O que é – A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas).
A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos, que veremos adiante. (Albert Einstein – Sociedade beneficente Israelita Brasileira).