Foi uma aula dinâmica aos alunos sobre o 5G, tecnologia 50 vezes mais veloz do que o 4G , e que entrará no mercado em 2020. O palestrante, o engenheiro Arismar Cerqueira Sodré Júnior, interagiu com apresentação de quizes com a plateia, utilizando os celulares e a Internet.
Colaborou, Kelvyn Henrique
“Pela primeira vez na história, nós (os brasileiros) estamos de fato contribuindo com a geração de celular. As primeiras tecnologias (1G, 2G, 3G e 4G) chegaram prontas e não tivemos desenvolvimento nacional”, afirmou o PhD em Engenharia de Telecomunicações do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Arismar Cerqueira Sodré Junior, em palestra sobre a implantação da internet 5G no país, na noite de terça-feira (28/8), no Auditório do Bloco E, no quarto andar da Universidade Santa Cecília (Unisanta).
Entre as vantagens do 5G estão a alta velocidade, cinquenta vezes maior do que a que utilizamos hoje no 4G, e estar aliado à Internet das Coisas (IOT), onde tudo pode ser movido por internet sem fio, através de antenas internas, por exemplo: carros autônomos, aparelhos eletrodomésticos como fogão, geladeira, etc, até, futuramente, cidades inteligentes.
Alunos de diversos cursos de engenharias tiveram uma revisão sobre telecomunicações e explicações do que é um sistema de celular e os avanços das tecnologias da quinta geração de telefonia móvel (5G), a nova tecnologia que estará no mercado a partir de 2020. O público participou de dois quizes, feitos pela internet, utilizando os celulares.
Quando o 4G chegou ao Brasil, uma das preocupações era como o país iria solucionar os problemas e fazer a tecnologia funcionar perfeitamente. A mesma questão volta agora, com a nova geração de telefonia, explicou.
“A tecnologia chegava, pagávamos caro por ela e estávamos sujeitos aos preços de fora. Desta vez, estamos contribuindo para o desenvolvimento de uma geração que não entrou no mercado ainda e propondo coisas novas, como aplicações rurais”, conta.
Alguns países já estão utilizando a internet 5G : China, Coréia do Sul, EUA, Japão e alguns países da Europa. Eles fazem parte de um Fórum Mundial (o 5GPP), do qual o Brasil passou a fazer parte em 2017, sendo o sexto país no mundo a entrar.
Um diferencial do Brasil em relação aos outros países é a preocupação com a cobertura, onde temos pessoas com acesso à Internet 4G nos grandes centros, mas em regiões de interior, como Norte e Nordeste, faltam cobertura e acesso a comunicação.
“O mundo conta com três cenários e nós propomos um quarto, com apoio de China e Rússia, para tentar impor um quarto cenário de alcance, que é a realidade do Brasil”, explica Sodré.
Pesquisas
As principais pesquisas hoje no país são feitas no Inatel, em Santa Rita do Sapucaí (MG), onde foi desenvolvido o primeiro modem 5G brasileiro. “Foi reportagem do Jornal Nacional ano passado. Com ele, fizemos a telecomunicação em Brasília entre o Ministério das Comunicações com o Palácio da Alvorada. Este modem é 100% nacional e foi desenvolvido no Sul de Minas Gerais”, conta Sodré.