Desde o começo, o aluno será inserido em algum trabalho científico prático específico, dentro da sua área profissional. Identificar, compreender e intervir nos problemas de saúde da Baixada Santista são as principais características do curso, que está com inscrições abertas.
Em busca de melhorias na área de saúde da região, o curso com especialização de Saúde Coletiva da Universidade Santa Cecília (Unisanta) está com matrículas abertas. Mestres, doutores com experiência regional, nacional e até internacional serão os responsáveis em integrar a equipe de alunos.
A coordenação do curso é da Profª Me. Roseine Fortes Patella. Ela é psicóloga, mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas, com estágio no Service de Médecine Infectieuse et Tropicale do Hôpital Bichat-Claude Bernard – Paris 2008 – Cooperação Técnica Brasil-França/Programa DST/AIDS Ministério da Saúde.
Como diferencial, o curso de Saúde Coletiva aborda problemas da saúde pública, planejamento de políticas públicas, vigilâncias, trabalho em rede, entre outros temas. Os alunos vão aprender também o cuidado que a equipe deve ter em trabalhar interdisciplinarmente, diferente do que cada um atender certo paciente em seu espaço.
Exemplos de desafios
Serão diversos os desafios para a equipe, que vai aprender a diagnosticar o problema para poder intervir, explica a professora. Redução da mortalidade infantil, redução da mortalidade materna na região, questões ligadas à dengue, zika, obesidade infantil, DST’s, gravidez na adolescência, entre outros, são alguns dos exemplos.
“Você trabalhando em conjunto, de uma maneira programática e construindo projetos primeiramente pensados, dá para saber como avaliá-los. Primeiro se escreve, depois se implanta, monitora e, por fim, valida. É importante o apoio da Unisanta, pois colabora com a comunidade e com os profissionais da região, para ter projetos válidos e responder a todos os desafios”, comenta Patella.
“Na especialização, os profissionais irão debater e construir programas que monitorem a saúde das pessoas e é através dessa vigilância que o sucesso será garantido, seja na prevenção, no tratamento ou na reabilitação. São três níveis com profissionais de várias áreas da saúde”, afirma a professora;
Outra novidade é que desde o começo do curso, o aluno será inserido em algum trabalho específico, dentro da sua área profissional. Por exemplo, se um dos alunos já trabalha em um setor específico hospitalar, ele terá projetos científicos para testar no local, para validar cientificamente essas experiências.
“O aluno já começa sabendo da situação de saúde. Existe uma matéria que é a Análise de Situação em Saúde, onde ele vai saber o que está acontecendo. Aí se pode prever, ficar de olho quando tem um surto, para não deixar acontecer a epidemia. Tem que aprender a identificar o problema, entender, para assim intervir”, afirma Patella.
O grupo também vai debater sobre programas e projetos de prevenção além dos que já existem sobre o uso de drogas, gravidez na adolescência, entre outros. De acordo com a docente, o material já existe, que são os preservativos, profissionais que falam dentro das escolas, mas mesmo assim os problemas continuam, então, apenas isso não basta.
O curso de Saúde Coletiva é aberto a todos os graduados nas áreas de saúde, educação, administração e afins, que se interessem na especialização. O início está marcado para o dia 16 de maio deste ano, com término em novembro de 2018 e uma duração de 540 horas. As aulas ocorrerão às terças e quintas, das 19h às 23h, na Unisanta.
Experiência
Roseine Patella fez curso de Epidemiologia para Gestores de Saúde baseado na internet – Bloomberg School of Public Health da Universidade Johns Hopkins(2014).
Trabalha atualmente no Departamento de Atenção Especializada da Secretaria Municipal de Saúde de Santos/SP, onde ingressou em 1992. Desenvolve o Projeto Crescendo Juntos – Sexualidade e Prevenção DST/AIDS no ensino fundamental e é responsável por cursos de extensão e especialização.
Mais informações: http://unisanta.br/Posgraduacao/Curso/1656