Os cursos de Fisioterapia, Engenharia e Farmácia trabalham juntos para ajudar pessoas que perderam algum membro corporal, com o auxílio de próteses e exercícios. O Centro é finalista do projeto Comunidade em Ação, do jornal A Tribuna.
Lançado em 2001, como uma forma de atender pessoas necessitadas que não encontravam espaço em outros atendimentos, o Centro de Referência a Amputados na Clínica de Fisioterapia da Universidade Santa Cecília (Unisanta) é notícia de página inteira do jornal A Tribuna, na editoria Cidades (A-8) desta quarta-feira, 15/8. O texto é de Isabel Franson, aluna de Jornalismo da Universidade.
Participam do Centro os cursos de Fisioterapia, Farmácia e Engenharias, que produzem os equipamentos utilizados nos tratamentos físicos dos pacientes, por meio do Núcleo de Tecnologia Assistiva. O professor José Luiz Marinho Portolez, coordenador da Fisioterapia, explica que a ideia de desenvolver os mecanismos para contribuir socialmente com a Clínica do curso partiu dos próprios alunos.
O Centro é uma parceria entre o INSS e as Faculdades de Farmácia e Fisioterapia, que disponibilizam professores, alunos e contam com colaboradores para ajudar no tratamento de pessoas que perderam algum membro corporal.
Na época em que a Clínica surgiu, a responsável pela Fisioterapia de amputados no INSS de Santos, que também era professora da Unisanta, Maria Cecília Baroni, percebeu uma alta demanda de pacientes que o Sistema Público não conseguia absorver. Segundo o diretor das Faculdades de Farmácia e Fisioterapia, Ivan Cheida, a professora idealizadora sugeriu aliar a sede de conhecimento dos alunos à necessidade de atendimento da Previdência.
Atualmente, quem passa por procedimento de amputação pelo serviço público, do Litoral Norte ao Vale do Ribeira, e precisa de acompanhamento fisioterapêutico é encaminhado à Unisanta. Além de disponibilizar esse tipo de atendimento, por vezes, os profissionais auxiliam os pacientes com apoio moral, desde o momento em que recebem a notícia da amputação.
Segundo a matéria, há vários motivos que levam à perda do membro corporal, como acidentes de trabalho, trânsito, diabetes, tabagismo e tumores. Para cada tipo de perda, há uma prótese diferente. “Todos os detalhes são determinados de acordo com o grau de mobilidade do paciente, peso, moradia, idade, se existe ou não uma doença”, comenta Vinicius de Moura Pellatiero, professor responsável pela Clínica.
Além dessas questões, o estilo de vida do paciente também é fator influenciador na hora da escolha do material da prótese, que pode ser de titânio, alumínio, duralumínio, fibra de carbono, entre outros materiais. O fornecimento das próteses fica a cargo da empresa parceira Össur, marca islandesa que desenvolve os componentes de acordo com a prescrição dos fisioterapeutas da Unisanta.
Marco Scarsi, gerente nacional de vendas da Össur, comenta no texto que cada caso é muito particular e existem mais de 600 joelhos no mercado, sendo que alguns têm motor para ajudar o paciente a andar, se for a necessidade.
A Faculdade de Farmácia atua com o coordenador do curso, Walber Toma, e seus alunos, que auxiliam na parte de verificar se os pacientes têm doenças crônicas, como a diabetes. Ou nível de glicemia alto. “Estudamos o histórico e sugerimos mudanças nos medicamentos para aplicar o componente químico certo e conter a doença”, diz o coordenador.
Para Caroline Teixeira, diretora de Saúde da Unisanta, é uma forma de integração e promover a cidadania. “É um trabalho extremamente humano. Presta um serviço à comunidade, prepara o aluno para o mercado de trabalho, mantem o professor atualizado, estimula a tecnologia. Todos ganham”.
Serviço:
O Centro de Referência em Amputados funciona na Rua Cesário Mota, 8, 1º andar – Bloco E, de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h30. Telefone: 3202-7156.