Modelos de contrato (CLT, PJ e outros – durante e depois da faculdade)

Entender os diferentes modelos de contratação é essencial para estudantes e recém-formados que estão construindo sua trajetória profissional. Cada formato, CLT, PJ, temporário, entre outros, tem regras, benefícios e impactos distintos para quem está começando ou já iniciou a pós‑faculdade.

Confira um panorama para ajudar no seu planejamento de carreira:

1. Contrato CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)

O modelo de contratação via CLT garante vínculo empregatício formal, com registro em carteira e acesso a direitos trabalhistas, como férias remuneradas, 13º salário, FGTS, entre outros benefícios previstos por lei.

É uma opção ideal para quem busca estabilidade, segurança jurídica e uma estrutura de trabalho mais tradicional. Por isso, é bastante comum em estágios mais avançados, programas de trainee e no primeiro emprego após a faculdade.

• Jornada padrão é de até 44 horas semanais; horas extras remuneradas com acréscimo mínimo de 50 %.

2. Contrato por prazo determinado / temporário

Esse modelo de contratação é adequado para projetos temporários, substituições ou demandas sazonais. Após o término do contrato, ele se encerra automaticamente, sem a necessidade de pagamento de multas ou outras penalidades.

• Validade limitada (até 2 anos para prazo determinado; até 6 meses com opção de 90 dias para trabalho temporário).

3. Contrato PJ (Pessoa Jurídica)

No modelo PJ, o profissional atua como prestador de serviços, emitindo notas fiscais em vez de ter um vínculo empregatício regido pela CLT. Essa modalidade tem ganhado força no mercado, com cerca de 16% das empresas já preferindo esse tipo de contratação, especialmente em startups e empresas de tecnologia, segundo dados da Talent Brand.

Por ser mais flexível, é ideal para quem busca autonomia, possui projetos paralelos ou prefere gerir sua própria rotina, embora não ofereça os benefícios trabalhistas tradicionais.

4. Terceirização / Freelancer

A contratação por meio de empresas terceirizadas ou em formato informal, como freelancer, é uma alternativa prática e flexível. Esse modelo permite que o profissional atue em demandas específicas, sem vínculo direto com a empresa contratante.

É uma boa escolha para estudantes que precisam conciliar os estudos com o trabalho, já que oferece horários mais adaptáveis e a oportunidade de adquirir experiência prática sem comprometer a rotina da faculdade.

5. Estágio e Jovem Aprendiz

O estágio é uma modalidade de contratação voltada ao aprendizado prático, geralmente exigido durante a graduação, com duração máxima de dois anos. Ele oferece ao estudante uma bolsa-auxílio mensal, além de auxílio-transporte, permitindo o desenvolvimento de habilidades profissionais em sua área de estudo.

Já o programa Jovem Aprendiz é direcionado a quem ainda está no ensino médio, sendo menos comum entre universitários, mas representa uma excelente porta de entrada para o mercado de trabalho e o início de uma trajetória profissional dentro das empresas.

Comparativo rápido

Impactos no pós‑faculdade

• Planejamento financeiro: CLT oferece mais projeção, enquanto PJ exige gestão de impostos e reserva para férias ou períodos sem contratos.
  Benefícios: a CLT garante proteção, enquanto o modelo PJ precisa contratar à parte (plano de saúde, previdência etc.).
• Experiência e networking: estágios e trabalhos freelancers ampliam habilidades e conexões, facilitando o acesso ao primeiro emprego ou à vida de autônomo.

Na prática: muitos estudantes começam com estágio, migram para CLT no início da carreira e abrem PJ depois, combinando rendimentos fixos com oportunidades pontuais. Independente do caminho, o importante é se planejar, entender suas prioridades e conhecer bem cada modelo.

Leia também: Dúvidas sobre qual profissão seguir? Confira 5 dicas que vão ajudar você!