O seu sonho é se tornar advogado, juiz, promotor ou qualquer profissão ligada ao Direito? Você já está cursando e quer mais conhecimento sobre a área? Reunimos algumas indicações de filmes que o ajudarão a entender melhor esse universo que não se baseia somente em livros e mais livros.
12 Homens e uma sentença
O filme mostra o julgamento de um jovem acusado de ter matado o próprio pai. Dos doze jurados que vão decidir a sentença, onze têm certeza de que ele é culpado. Porém, um jurado insiste em aprofundar a investigação. O filme demonstra a importância de valorizar a hermenêutica jurídica, isto é, a interpretação das leis. Revela por que a boa argumentação e a capacidade de persuasão são habilidades inegáveis de um bom advogado.
Minority Report
No ano de 2054, uma divisão especial de polícia consegue prender criminosos antes que eles cometam seus delitos. Os problemas começam quando um oficial da própria polícia é acusado de um crime que ainda vai cometer. O filme ajuda a entender por que o Direito só pode julgar fatos passados e deve se abster de especular sobre fatos futuros.
Erin Brockovich
Arquivista de um grande escritório de advocacia, Erin se interessa pelo caso de uma empresa de eletricidade cujos dejetos estavam contaminando a água de uma pequena cidade. Por anos, ela reúne provas para abrir uma ação judicial contra a companhia. O filme mostra que o envolvimento pessoal e a convicção na busca pela verdade são fundamentais para o sucesso na carreira de um advogado.
A firma
Um jovem advogado recebe diversas vantagens e um alto salário para trabalhar numa firma em Memphis, nos Estados Unidos. Logo percebe que o escritório está envolvido com lavagem de dinheiro da máfia e que todos os advogados, que saíram ou tentaram sair da firma, morreram misteriosamente. O filme retrata o lado sórdido de algumas firmas de advocacia que se envolvem com negócios ilícitos. Traz uma importante discussão sobre ética no Direito e a prática de manter em sigilo a relação do advogado com seu cliente.
O advogado do diabo
Um jovem advogado com currículo excelente é convidado a trabalhar em um caso milionário, em que seu cliente é acusado de matar a esposa, o enteado e uma empregada. Durante o processo, porém, ele se dá conta de que o sócio principal do escritório tem um lado misterioso. O filme demonstra um princípio básico do Direito: todos merecem uma defesa técnica, desde que haja ética por parte da defesa.
O povo contra Larry Flynt
O editor de uma revista pornográfica é confrontado por diversos grupos de ativistas contrários ao veículo. Submetido a diversos julgamentos ao longo da década de 1970, Larry Flynt acaba se tornando um defensor da liberdade de expressão para todos. É um filme de tribunal, essencial para conhecer a luta pela liberdade de expressão.
Carandiru
O filme relata os anos de atendimento voluntário do doutor Dráuzio Varella na Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru. O espectador descobre que um código penal paralelo organizava a vida dos detentos, dizimados em massa após uma rebelião. A história provoca uma reflexão profunda sobre o sistema penitenciário brasileiro, bom para contextualizar o conhecimento em Direito Penal.
A vida de David Gale
David Gale trabalha como professor na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e é um ativista contra a pena de morte. Após o assassinato de uma colega de trabalho, ele é injustamente acusado e condenado à pena contra a qual sempre lutou. O filme serve para refletir sobre a polêmica medida de punir criminosos com a morte.
Filadélfia
Tom Hanks interpreta um homem com AIDS que é demitido de um escritório de advocacia por causa de sua doença e entra com um processo contra a empresa. Para isso, mesmo sendo homossexual, ele contrata um advogado (Denzel Washington) abertamente homofóbico, mas que aceita defendê-lo no tribunal.
O Júri
O longa de 2003 acompanha a tentativa de manipulação de um processo judicial envolvendo uma fabricante de armas, desde a escolha dos jurados até a negociação direta com cada um, envolvendo um infiltrado e uma pessoa do lado de fora.
Tempo de matar
Em Canton, no Mississipi, dois brancos espancam e estupram uma menina negra de dez anos. Eles são presos, mas, quando estão sendo levados ao tribunal para terem o valor da sua fiança decretada, o pai (Samuel L. Jackson) da garota decide fazer justiça com as próprias mãos e mata os dois na frente de diversas testemunhas, além de acidentalmente ferir seriamente um policial. Ele é preso rapidamente, mas a cidade se torna um barril de pólvora. Além disso, a defesa tem de se defrontar com um juiz que não permite que no julgamento se mencione a razão que fez com que o pai cometesse duplo homicídio, pois o julgamento era sobre o assassinato e não sobre o estupro.
O julgamento de Nuremberg
Com o fim da II Guerra Mundial, os países aliados reúnem-se em Nuremberg, Alemanha, para decidir o destino dos oficiais nazistas, julgados por seus bárbaros crimes nos campos de concentração. Entre eles, está o notório Hermann Goering. Com os olhos do mundo voltados para aquela corte, o promotor Rober Jackson questiona os direitos dos acusados. E como fazer valer a justiça no mais importante julgamento da história. Com ricos detalhes sobre O Julgamento de Nuremberg, este filme manteve-se fiel até as transcrições das fitas gravadas na corte.
As trombetas de Gideão
Caso verídico, ocorrido no início da década de 60 nos EUA, onde Clarence Gideon (Henry Fonda) é condenado a cinco anos de prisão por um pequeno roubo, sem ter a assistência de um advogado. Ao ingressar no presídio, Gideon passa, obstinadamente, a preparar, através de leituras na biblioteca da penitenciária, um recurso à Suprema Corte dos EUA, a qual, sob a presidência do lendário Earl Warren, anulou o julgamento e nomeou, para a defesa de Gideon, ninguém menos do que o famoso advogado Abe Fortas, anos mais tarde nomeado para integrar aquela Corte. Em decisão histórica, o mais alto tribunal dos EUA firmou, a partir de então, o entendimento de que a assitência de um advogado é um direito fundamental do acusado.
O sol é para todos
Uma mulher branca acusa um homem negro de estupro. Apesar de ele ser obviamente inocente, a inclinação para culpá-lo é tal que nenhum advogado mexerá um dedo para defendê-lo; exceto Atticus Finch, um ilustre cidadão e um advogado íntegro, concordou em defendê-lo e, apesar de boa parte da cidade ser contra sua posição, ele decidiu ir adiante e fazer de tudo para absolver o réu.
Texto: Iska Digital