O espetáculo “A Leitura – Uma Condessa, Uma Cigana e O Amolador de facas” estreará no Teatro Municipal Brás Cubas e a entrada será um quilo de alimento não perecível, em benefício do GAPA
O Teatro Experimental de Pesquisas, um dos grupos mais antigos da região em atividades constantes (47anos), dos quais os últimos 27 vinculados à Universidade Santa Cecília (Unisanta), estreia o espetáculo “A Leitura – Uma Condessa, Uma Cigana e O Amolador de facas”, no próximo dia 30 de junho, 20h30, no Teatro Municipal Brás Cubas (Av. Pinheiro Machado, 48).
A peça vai encerrar a programação do 20º Festival de Cenas Teatrais e será dedicada ao GAPA/BS, contando, para tanto, com a contribuição de 1 kg de alimento não perecível do público. Para o espetáculo, o TEP realizou ensaios e experimentos durante cerca de um ano junto ao seu potencial público (leituras dramáticas, aberturas de processo e ensaios gerais). A peça é uma homenagem aos precursores do Rádio santista, com destaque especial à artista vicentina Ivani Ribeiro, no ano em que se celebra o centenário do seu nascimento.
A informação é de Gilson de Melo Barros, responsável pelo texto e direção da peça. “O espetáculo, afirma o diretor – conta a história de Vilma Simone, de família nobre italiana que, em idade adulta, em delírios febris, acreditando ser Ivani Ribeiro, relembra seus momentos de ascensão (anos 30 e 40 do século passado) pelos corredores das rádios santistas, onde se depara com os grandes astros da época, precursores da radiodifusão, e estrelas da nossa história regional, como Rosinha Mastrângelo e Dindinha Sinhá”.
“Em registro cômico, acentuado pela tônica melodramática adotada pela montagem, o espetáculo convida a uma reflexão sobre os limites entre a sanidade e a loucura, trazendo em si signos que possam nos remeter tais circunstâncias, como os apontados pelos figurinos criados pelo grupo em oficinas de trabalho que alardeiam as paixões barrocas de Arthur Bispo do Rosário”.
Melo Barros descreve “as interpretações cubistas dos atores a se perder em labirintos de ecos urbanos, a maquiagem que associa a máscara do Teatro No (japonês) com tons de farsa, criada pelo artista Fernando Pompeu, e a quase ausência de diálogos, também com influências do teatro oriental primitivo, acentuam de certa forma uma certa carência de concórdia, tão presente nestes nossos tempos intolerantes”.
Elenco – Silvio Roupa (77), Lindalva Parolini (71), Silvio Pinto (64), Gabriela Santana (42), Bárbara Brawn (27), Daniel Sette (24), Tales Ordakji (18) e Izabelle Aparecida (17).
Maquiagem – Fernando Pompeu (52); Fisiologia do movimento – Arlaine Gomes (53); Direção – Gilson de Melo Barros (61).
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