Presente pelo sexto ano consecutivo como julgadora das superescolas de samba do Grupo Especial da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), do Rio de Janeiro, Adriana Lucena, a Drika, voltou a registrar um desempenho nota dez nas avaliações feitas por elas em torno do quesito fantasia.
As notas atribuídas pela professora da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC), da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), de Santos, às 12 escolas de samba corresponderam plenamente à classificação final.
As seis escolas que estarão sábado (20), no Desfile das Campeãs, receberam nota máxima (dez). Além da campeã Unidos Da Tijuca, Grande Rio (vice), Beija-Flor (terceira), Vila Isabel (quarta), Salgueiro (quinta) e Mangueira (sexta), a Mocidade Independente de Padre Miguel (sétima) também levou dez em fantasia, de acordo com a avaliação da santista.
A menor nota atribuída por Drika Lucena (9,7) foi justamente para a última colocada e rebaixada ao Grupo de Acesso, a Viradouro, de Niterói, com um desempenho abaixo das demais concorrentes.
Imperatriz Leopoldinense, Portela, Porto da Pedra e União da Ilha, classificadas do oitavo ao 11º. Lugar, tiveram notas variando entre 9,8 e 9,9, conforme a avaliação da professora da FaAC.
Em 2009, mesmo se atendo especificamente ao seu quesito (fantasia), a professora santista atribuiu notas que se adequariam perfeitamente ao desempenho global das escolas. Escolas como Acadêmicos do Salgueiro e Beija-Flor, que tiveram nota dez em sua avaliação, obtiveram as primeiras posições, enquanto Império Serrano e Padre Miguel, com perda significativas de décimos em seu julgamento, acabaram rebaixadas (Império) ou quase (Padre Miguel) .
“Como julgadora tenho que me ater ao que o meu quesito exige da escola e do carnavalesco, sem levar em conta quaisquer outros aspectos”, afirma. Ela apenas salienta que é preciso sempre usar o bom senso. ”Você não pode penalizar uma escola por um fato isolado. Digamos que em determinada ala, em meio ao desfile, um componente perca seu calçado ou chapéu. Isso não implica em descontar pontos. Já em uma situação que envolva um número significativo de componentes a situação é diferente”, justifica.
Drika começou a se envolver com o julgamento das escolas de samba na década de 90, ainda em Santos. “Em 1996, fui jurada em Santos, qualificando-me entre os 40 melhores de um grande número de candidatos. Nos anos seguintes, atuei em outras cidades da região. Tomei gosto pela coisa e comecei a buscar um lugar onde considero ter o maior desfile de escolas de samba do mundo, o Rio de Janeiro. Indaguei das pessoas responsáveis, enviei currículo e, finalmente, despertei interesse da Liga. Fui chamada para o primeiro curso e, desde então, tenho buscado me aprimorar naquilo que faço como julgadora da Liesa”