No próximo dia 19/8, a partir das 19h, haveráo lançamento do livro “Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão”, co-editado pela Imprensa Oficial e Editora Unisanta, escrito pela presidente da Universidade Santa Cecília (Unisanta),Lúcia Teixeira Furlani, e Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu. Lúciaparticipouda Flipzona – a área dedicada a jovens durante a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) – e também estará naBienal Internacional do Livro de São Paulo, dia 17, às 19 horas, para conversar com os leitores no Salão de Ideias e autografar seu livrono estande da Imprensa Oficial do Estado.

Exposição –Além do lançamento do livro, o público poderá conferir maisuma exposição em comemoração ao centenário da Musa do Modernismo Brasileiro. Depois da mostra”Santos e Pagu” que ficou em cartaz no Museu do Café até odia 1º/8, os santistas terão a chance de ver a mostra “Viva Pagu” que foi visitada por mais de 7 mil pessoas na Casa das Rosas, na capital. Sãomanuscritos inéditos de suas obras, suas cartas, fotografias legendadas por ela e cadernos. A curadoria é de Lúcia Maria Teixeira Furlani, autora de vários livros sobre Pagu. O lançamento e aexposiçãoacontecemno 4º andar do Bloco E da Unisanta (Rua Cesário Mota, 8 – Ed. Leonilde e Sílvio Pirilo), com entrada gratuita.

Dividida em três atos, a exposição apresenta Pagu destrinchando silêncios e, no mínimo, intrigando seu interlocutor. Em destaque, a realidade brasileira dos anos 1920 aos anos 60, com suas tensões políticas e manifestações culturais. Mulher múltipla, Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) foi jornalista, musa modernista, romancista, militante comunista, poeta, desenhista, incentivadora da cultura brasileira e da cultura universal.

O primeiro ato fala do surgimento da musa; o segundo aborda a militância política, a entrega total a uma causa; o terceiro mostra a jornalista antenada com o novo, a militância cultural, o amor à arte, à literatura e ao teatro. As frases que designam cada ato foram retiradas de poema de Patrícia Galvão. No ato I, “Lê em meus olhos todos os consentimentos”; ato II: “Mata tua sede na pedra que se fez fonte”; e no III, “E te encanta com a paisagem contraditória do meu ser “.

As peças que compõem cada ato – na maioria inéditas – discursam, dialogam e contrastam entre si, fazendo aparecer as múltiplas Patrícias. São memórias, textos, depoimentos, cartas, narrativas, manifestações literárias, rastros de Pagu e de seus companheiros de viagem, registros minuciosos – inclusive informes reservados e prontuários do Deops. Elas retraçam o rico itinerário de Pagu, que riscou fronteiras desconhecidas, definiu abismos e atravessou continentes. E servem também para construir um perfil da intelectual transgressora que marcou a vanguarda do século 20.

O objetivo da curadora é recuperar o sentido dos gestos de Patrícia Galvão e da vanguarda do século 20 no Brasil para o público. “A identificação com os sonhos e ideais de Patrícia Galvão nos faz entender sua época e sua história de vida, ligada à luta pela liberação das minorias sociais, pela superação dos preconceitos, pelo espaço de construção da cultura brasileira, elegendo a arte como o caminho capaz de garantir o acesso à brasilidade.”

Lúcia explica que a identidade de Patrícia liga-se à renovação, à ousadia, à ruptura: “A renovação é, muitas vezes, confundida erroneamente com ausência de memória. Ledo engano. Sem memória, sem o confronto com o velho, não existiria renovação. Por meio de suas posições nacionalistas, o seu compromisso com o futuro se estabelece justamente através da releitura do passado brasileiro”.

O interesse da curadora por Pagu é antigo, data dos anos 1980. De lá para cá, Lúcia constituiu um importante acervo – de onde veio boa parte das peças expostas –, lançou três livros sobre Pagu, fez debates, exposições e fundou o Centro de Estudos Pagu Unisanta, que reúne ao redor de três mil documentos catalogados.

Também faz parte da programação uma exposição que integra o terceiro ato, na qual 27 artistas plásticos santistas apresentam trabalhos inspirados em Patrícia Galvão.

Fotógrafos, desenhistas e pintores partiram de textos de Pagu e produziram obras que destacam ideias, valores e traços da personalidade da homenageada. A curadoria é de Gilson de Melo Barros.

Curadoria
Lúcia Maria Teixeira Furlani é Mestre e Doutora em Psicologia da Educação, autora de “Pagu – Livre na imaginação, no Espaço e no Tempo”, “Croquis de Pagu”,”Autoridade do Professor“, “A Claridade da Noite” ,”Fruto Proibido” e dos infanto-juvenis “Tudo é Possível” e “O Segredo da Longa Vida”, entre outros. É presidente da Universidade Santa Cecília e presidente do Centro de Estudos Pagu Unisanta, em Santos.

SERVIÇO
Lançamento do livro e Exposição Viva Pagu
Data: Dia19 de agosto de 2010, às 19 horas
Local: Universidade Santa Cecília (Rua Cesário Mota, 8 – Bl E – 4º andar – Ed. Leonilde e Sílvio Pirilo)
Visitas monitoradas para a exposição: agendamento pelo email vivapagu@unisanta.br; pelos telefone (13) 3202- 7180 ou 3202-7162 (grupos escolares) – GRÁTIS


Estacionamentos conveniados próximos a Unisanta
GP Auto Center – Unisanta – Av. Conselheiro Nébias, 649
Garden Park- GP – Av. Conselheiro Nébias, 665
Terra Park (ao lado da Casa de Saúde) – Av. Conselheiro Nébias, 650
Luiz Cendon – Rua Lobo Vianna, 17/19
Rallye Estacionamento – Rua Osvaldo Cruz, 208