No ano de 2010, Patrícia Galvão (1910 – 1962) faria 100 anos. Figura importante do modernismo brasileiro, Pagu, como ficou imortalizada, está sendolembrada desdeo dia 16/06, em Santos, com uma exposição no Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95 – Centro). A mostra integra a programação do projeto Viva Pagu envolvendo lançamento de livro, palestras, leituras de textos inéditos e uma outra exposição na capital.
Intitulada “Santos e Pagu”, a exposição relaciona a obra e a vida de Pagu com histórias vividas por ela na cidade. Para remontar os passos da libertária, a curadora da mostra e presidente do Centro de Estudos PaguUnisanta Lúcia Maria Teixeira Furlani reuniu fotos, imagens e documentos inéditos.

Desde 1998, a professora Lúcia Maria pesquisa sobre a vida da musa do Modernismo. Lúcia é autora de livros sobre a Pagu e fundadora do Centro Pagu Unisanta que reúne um grande acervo sobre a personagem. Ao lado do filho de Pagu, Geraldo Galvão Ferraz, escreveu o livro “Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão” co-editado pela Editora Unisanta e pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e que será lançado em São Paulo no dia 1º de julho, às 19h, na Casa das Rosas, Av. Paulista, 37 – Bela Vista,eno dia19 de agosto, a partir das 19h, no Bloco E da Unisanta, em Santos.

Nessa mostra, o público pode conhecer os vários lados dessa mulher que agitou a vida cultural de Santos: “Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, éapresentada em seus vários e apaixonados momentos: musa da 3ª geração do Modernismo brasileiro, política militante, dissidente política, jornalista, romancista, desenhista e poetisa, incentivadora da Cultura, mulher precursora. As várias personas de Pagu, inovadoras e transgressoras, como ponto de ruptura e de vanguarda na cultura brasileira, podem servir de travessia para a descoberta de diferentes paixões e do que faz a vida valer a pena”, comentaLúcia. Compõem ainda a exposição obras de artistas santistas convidados por Lúcia Maria Teixeira Furlani e pelo artista plástico Gilson de Mello Barros, reunidas sob o tema “Olhos de Fazer Doer. O Sagrado Oculto”.

Exposição “Olhos de Fazer Doer. O Sagrado Oculto” – Artistas de Santos:Ana Akaui (Transparências), Beatriz Rota Rossi (Técnica mista), Biga Appes (Fotografia), Chico Melo (Ensamblagem), Cid Maia (Técnica mista), Denis Maricato (Lápis sobre papel), Eber de Góis (Acrílico sobre tela), Elaine Porta (Acrílico sobre tela), Elver Savietto (Ensamblagem), Emílio Camanho (Manipulação fotográfica), Érika Karnauchovas (Ensamblagem com lupa), Eymar Ribeiro (Manipulação fotográfica), Fábio Moura (Técnica mista), Gilda Figueiredo (Desenho sobre papel), Idelfonso Torres (Acrílico sobre papel), Isilda Nunes (Ensamblagem / látex), Kadu Veríssimo (Ensamblagem), Luis Otávio Pinheiro (Ensamblagem), Lukas Campos (Técnica mista), Márcia Santos (Gravura), Mauriomar Cid (Ensamblagem), Sandra Santos (Fotografia), Sibelly de Faria (Ensamblagem – Fotografia), Sonia Paul (Trama), Valério da Luz (Técnica mista).

O Museu do Café é uma Organização Social ligada à Secretaria de Estado da Cultura. Seu horário de funcionamento é de segunda a sábado das 9h às 17h e aos domingos entre 10h e 17h, sempre com funcionamento da bilheteria até 16h15. Os ingressos para visitação custam R$ 5. Estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada.

Abertura em São Paulo

A abertura oficial das comemorações aconteceuna Casa das Rosas, na capital, no dia 9/06, com a profa Lúcia Maria Teixeira Furlani e atriz Miriam Freeland (que interpretou Pagu na minissérie “Um só Coração”, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira) fazendo a leitura de cartas trocadas entre Pagu e personagens que revolucionaram o mundo das artes e da cultura no Brasil.

Na ocasião, Lúcia Mariafalousobre as várias fases de Patrícia, uma mulher de vida tumultuada, agitadora política e cultural de vários tempos. “Afinal, quem era Pagu? Passamospor sua infância, pela adolescência quando já escandalizava as bem-pensantes famílias paulistanas com suas roupas e maquiagem, e até o seu romance proibido com o galã Olympio Guilherme. Em seguida, sua ‘adoção’ pelo casal Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, que terminou em novo escândalo quando Oswald de Andrade separou-se de Tarsila e acabou casando com ajovem normalista. O nascimento de seu filho Rudá, o encontro com Luiz Carlos Prestes, o ativismo político e até o final de sua vida,com a militância cultural, em Santos, casada com o escritor Geraldo Ferraz”, explica.

SERVIÇO
Exposição Santos e Pagu
Local: Museu do Café – Rua XV de Novembro, 95
Data: de 16 de junho a 18 de julho
Horários: Seg. a Sáb. das 9h às 17h e Dom. das 10h às 17h // Bilheteria aberta até às 16h15
Ingresso: R$ 5,00 – Estudantes e pessoas com mais de 60 anos pagam meia

Mais informações pelo site www.pagu.com.br ou pelo twitter www.twitter.com/100anosdepagu
Mais informações à Imprensa: Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, com Leonardo Neto (Leonardo@lufernandes.com.br) ou Ivani Cardoso (ivanicardoso@lufernandes.com.br), pelo telefone 11 3814-4600.