Vem aí a 13ª edição do Cineme-se, Festival da Experiência do Cinema que tem como uma das entidades parceiras na realização o Cineclube Lanterna Mágica da Unisanta. O tema central em debate neste ano é a “Tela”, exatamente o espaço onde parte de nossa experiência como espectador fica delimitado na sala de cinema, mas o Festival propõe outras formas de telas e projeções e os bate-papos mostrarão como podemos degustar cinema por todos os sentidos. As sessões de cine debate acontecerão nos dias 25, 26 (19h30) e 27 (16h) de novembro. Com programação on-line e gratuita na página www.facebook.com/cinemese2021.

Nesta edição não haverá exibição de filmes, serão três apresentações de cine debate sobre a ideia da tela como uma janela e uma porta de acesso a outros lugares em nossa forma de ver e apreender o mundo, que nem sempre é um lugar comum para todos, daí o uso do conceito de “não lugar”. Toda a programação será gratuita.

A programação desta edição será toda on-line pelo segundo ano consecutivo. São 17 anos de realizações e neste ano serão tratados temas que “atravessam a tela”. Na abertura, dia 25/11, às 19h30, o tema da conversa será “Cinema entre telas, portas, janelas e o não lugar”, com o VJ Edmosh, brasileiro de Bauru que mora e trabalha em Dubai (Emirados Árabes Unidos), uma cidade criada num “não lugar” e que ainda tem muito de lugar sem identidade própria.

No segundo dia, 26/11, às 19h30, a conversa será sobre o “Cinema Entre Telas e Sabores”, com Ana Kalassa (Artista Plástica) e Georgia Bastos (Chef pesquisadora). No último dia 27/11, às 16h, acontecerá o bate-papo Café 22 – Do Moderno ao Transmoderno, sobre o tema “Cinema, Modernidades e o Metaverso”, com Tadeu Jungle (diretor e roteirista de cinema).

O que é o “Não Lugar”? Segundo a definição do pesquisador e escritor Marc Augé, um não lugar é um espaço intercambiável onde os seres humanos permanecem anônimos e que não possui significado suficiente para ser considerado “lugar”. Estes “não lugares” incluem, por exemplo, meios de transporte, salas de cinema, grandes redes de hotéis, supermercados, áreas de serviço de autoestradas , mas  e também campos de refugiados. O homem não vive e não se apropria desses espaços, com os quais prefere ter uma relação de consumo.

O Festival Cineme-se foi criado em maio de 2004, em Santos/SP, com o objetivo de estimular a experimentação de realizadores da imagem em movimento buscando a integração entre o audiovisual imersivo, a gastronomia e a cidade criativa. Trabalha a partir de um conceito colaborativo, construído por meio de visões coletivas de todos os níveis, do roteirista ao espectador. Tem um caráter cultural e não competitivo, visando exibir filmes de longa e curta-metragem e videoperformances que contribuam para promover um maior intercâmbio entre realizadores, pensadores e espectadores. Com isso, torna-se um espaço de construção de sentidos, de investigação e de novas realidades nas múltiplas possibilidades de se fazer cinema.

PROGRAMAÇÃO (on-line: www.facebook.com/cinemese2021):

– 25/11 – 19h30 – “CINEMA ENTRE TELAS E O NÃO LUGAR”

Nesse bate-papo com o VJ Edmosh vamos falar sobre o processo criativo para pensar e realizar projeções mapeadas e como construir uma cena imersiva com edição de imagens em tempo real. Falaremos sobre a experiência do Edmosh em trabalha na cidade de Dubai (Emirados Árabes Unidos) e como o cinema dialoga com tudo isso.

– Convidado: VJ Edmosh (residente em Dubai)
VJ, produtor audiovisual e artista 3D, Edmosh atualmente é residente em Dubai onde trabalha em performances visuais. O artista tem em seu currículo diversas apresentações em vários países e também muitos prêmios de video mapping em países como Italia, França, Japão, Ucrânia e Brasil. Ultimamente o artista tem dedicado seu tempo com criações de cenário em 3D em tempo real, e realidade virtual.

– 26/11 – 19h30 – “CINEMA ENTRE TELAS E SABORES”

No segundo dia de Festival da Experiência do Cinema, a conversa será sobre o “Cinema Entre Telas e Sabores”, partindo do projeto de Ana Kalassa (Artista Plástica) e Georgia Bastos (Chef pesquisadora), que se uniram para falar de arte e comida brasileira. O papo será cheio de novos sabores e dicas para quem gosta da arte de ver somada com a arte de saborear a vida com todos os sentidos.

– Convidadas: Ana Kalassa (artista plástica)

Artista, arte-educadora e professora universitária. Doutora em História pela PUCSP e Mestre em Artes pela UNICAMP. Professora de Estética e História da Arte e da Arquitetura da FAU e de Licenciaturas do EAD da UNISANTA. Professora de Licenciaturas em Artes Visuais e Pedagogia EAD da UNIMES.

Georgia Bastos (chef pesquisadora)

Cozinheira profissional formada pelo Hotel escola SENAC – Águas de São Pedro, desenvolve a carreira na gastronomia atuando em eventos corporativos e privados na cidade de São Paulo, passa por restaurantes como Na Mata Café e Santa Madalena, onde atualiza seus conhecimentos, atua como confeiteira embarcada em navios na companhia Costa Cruzeiros. No momento flerta com o estudo de uma nova formação, sua outra paixão, a Arquitetura e o Urbanismo.

– 27/11 – 16h00 – Café 22 – Do Moderno ao Transmoderno – “CINEMA, MODERNIDADES E O METAVERSO”

No último desta edição do Cineme-se o cine debate será uma dobradinha com o webinar Café 22 – Do Moderno ao Transmoderno, o tema em discussão será sobre “Cinema, Modernidades e o Metaverso”, com Tadeu Jungle (diretor e roteirista de cinema). Vamos falar das influências da Semana de Arte Moderna no Cinema Novo, como estes dois movimentos da arte brasileira podem dialogar com o nosso jeito de experimentar o audiovisual, principalmente com a chegada do metaverso.

– Convidado: Tadeu Jungle (diretor e roteirista de cinema)

Tadeu Jungle é roteirista e diretor de cinema, TV e Realidade Virtual e tem uma trajetória como poeta visual, videoartista e fotógrafo. É sócio fundador da JUNGLEBEE XR.

Escreveu para vários jornais e revistas sobre vídeo e televisão. Criou programas de TV para a TV Globo, Cultura e Band, além de dirigir mais de 500 filmes publicitários. Dirigiu o longa-metragem de ficção “Amanhã Nunca Mais”, com Lázaro Ramos, além de séries e filmes documentais. Fez videoinstalações para o MIS, Museu do Futebol e para o Museu do Amanhã. É sócio fundador da produtora de VR Junglebee, onde fez uma trilogia de filmes de impacto social: Rio de Lama, onde retrata os sobreviventes da maior tragédia ambiental do Brasil, em Mariana (premiado na ONU); Fogo na Floresta em que mostra o drama das queimadas junto ao povo Waurá, no Xingu e Ocupação Mauá, que retrata a incrível gestão de um edifício feito por sem-teto de São Paulo. No ano passado co-roteirizou e dirigiu o podcast ficcional infantil Pirimbim. Recentemente seu novo filme em VR, Bem-Vindes!, que aborda a Síndrome de Down e o mercado de trabalho, foi selecionado para ser exibido na ONU. Jungle gosta de dizer que não trabalha com tecnologia, mas com audiovisual e empatia. Hoje seu foco é na criação de histórias de impacto e na comunicação virtual digital e como ela pode transformar o mundo num lugar melhor para todos viverem.

Mais informações na página do Festival: www.facebook.com/cinemese2021 ou pelo celular 13 98230-4599, falar com Eduardo Ricci (diretor do Cineme-se).