Pouporri de Pagu é a próxima atração do projeto Tête-à-Tête, neste sábado, no restaurante La Quiche Dorée. A partir das 19h, apresentações de artes plásticas, teatro, música e fotografia vão relembrar o perfil polivalente de Patrícia Galvão. O evento conta com o apoio do Centro de Estudos Pagu (CEP)/Unisanta. O ingresso custa R$ 5,00 e deve ser adquirido com antecedência no restaurante, que fica na Av. Epitácio Pessoa, 210. O telefone é 3227-6145.

Iniciando a noite um breve resgate do perfil cultural da musa da antropofagia será apresentado com base nos 20 anos de pesquisa da Prof.ª Dra. Lúcia Maria Teixeira Furlani, detentora do acervo do CEP/Unisanta e autora dos livros Pagu – livre na imaginação, no espaço e no tempo e Croquis de Pagu – e outros momentos felizes que foram devorados e reunidos. Os croquis de Pagu, do acervo do CEP/Unisanta estarão expostos no segundo piso do restaurante.

A jornalista Márcia Costa, cuja pesquisa de mestrado baseou-se na militância cultural e jornalística de Pagu em Santos apresentará esse perfil, juntamente, com a auxiliar de pesquisa do CEP/Unisanta e jornalista, Cláudia Busto. Fotografias, jornais e revistas de época mostrarão a profunda ligação entre Patrícia Galvão e a intelectualidade da França, onde ela viveu algum tempo e onde conheceu nomes de expressão, como os poetas surrealistas Louis Aragon, André Breton, René Crevel e Paul Éluard.

Em seguida, haverá a leitura dramática da peça Samsara da Mulher do Povo, poema cênico baseado na vida e obra de Pagu. Logo depois, o público participará de um bate-papo com os autores Marcelo Ariel e Ana Beatriz Fusko, atriz que conduz o monólogo. Na seqüência, Alessandro Atanes (violão) e Sonise Gomes (voz) interpretam a canção Pagu, de Rita Lee.

O espetáculo Samsara da Mulher do Povo retrata Patrícia Galvão como um anjo libertário e uma mulher anos-luz à frente de sua época. Ariel explica que samsara significa “roda, prisão, roda de encanações, cliclo, repetição. É um termo indu”. O texto baseou-se principalmente nos livros Paixão Pagu, de Patrícia Galvão, carta autobiográfica de Pagu escrita na prisão, e Pagu: Vida-Obra, de Augusto de Campos. “A partir daí, chegamos a esse poema cênico. Abordamos as memórias da atriz e de Pagu fundindo os diários das duas”.

Segundo Ariel, a peça pretende desfazer alguns mitos que cercam a vida dessa mulher. “Existe muito folclore em torno de Pagu e isso se deve em parte ao preconceito”. Para ele, Patrícia Galvão, exemplo de vida contestadora, e é uma figura importante da cultura brasileira.

Ana Beatriz e Ariel propõem uma contraposição ao teatro convencional. A interpretação da atriz Ana Beatriz não segue a tendência naturalista-realista: “o enfoque pretendido é para a dimensão poética da aventura humana e rica que foi a vida de Pagu. Ao abordar Pagu como um arquétipo, afirmamos que o trabalho dela precisa ser continuado, que ela é o início da construção de uma identidade cultural para a mulher latino-americana que vive no Brasil”.

Marcelo Ariel mora em Cubatão desde 1974. É autor dos livros Me Enterrem com Minha AR 15 e Tratado dos Anjos Afogados. Escritor, dramaturgo, roteirista, diretor teatral, ensaísta e editor, é colunista da Revista Critério de Filosofia e Crítica (www.revista.criterio.nom.br), coordenador da Editora Letra Selvagem. Prepara o romance-ensaio Teatro Fantasma para a editora Cosac e Naif de São Paulo e também o espetáculo Eu não sou Rimbaud.

Sobre o restaurante La Quiche Dorée

Com visual e cardápio inspirados na cultura européia, principalmente nos costumes franceses, o restaurante La Quiche Doréecasa tem como carro-chefe a variedade de quiches. São 14 tipos, que vão desde as receitas tradicionais com queijo e bacon até as que são incrementadas com ingredientes como carne-seca, tomate e manjericão; e as quiches doces, como a de banana e chocolate. Há ainda a deliciosa sopa de cebola com massa folhada, seis opções de saladas (a exemplo da suíça), três tipos de muffins, waffles, as famosas baguettes e croque monsieur, além de sobremesas irresistíveis, como o petit-gâteau. Os pratos são cuidadosamente decorados.

A casa oferece 56 lugares para lanche, café da tarde ou jantar. É possível levar para casa as quiches congeladas, também entregues em domicílio. Há ainda a opção de reserva do salão para reuniões e festas, com cardápio à disposição.

O restaurante funciona a partir das 15h e possui convênio com estacionamento. Aceita os cartões Visa, Master e Ticket Refeição. O endereço é Avenida Epitácio Pessoa, 210, tel. 3227-6145.

Mais informações:
Márcia Costa – assessoria de imprensa e produção cultural
Cais das Letras Comunicação Ltda
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