O caderno Local, página A-8, do jornal A Tribuna de terça-feira (5/3), publicou uma página com quatro fotos sobre a professora da Universidade Santa Cecília (Unisanta), artista plástica e escritora, Beatriz Rota Rossi. A reportagem foi feita para a Semana Internacional da Mulher e Beatriz foi homenageada pela sua história e sua vida como artista, do qual se orgulha.

Beatriz contou ao jornal a sua história, o carinho que tem pela cidade de Santos, e, desde o ano que chegou, seu trabalho como artista, na cidade que iniciou por volta de 1967 pintando prostitutas no Porto de Santos. O título da matéria “Dureza da vida retratada em arte”.

Um dos casos que relembra foi quando, juntamente com mais dois artistas, seu primo Alex Vallauri e o pintor Luiz Hamen, Beatriz saía à noite para pintar prostitutas no cais. Isso permitiu com que a artista visse outra realidade da vida. “As prostitutas me mostraram… (silêncio). Mostraram um mundo onde tudo era a vera. Não havia lugar para hipocrisia. A morte, o amor, o ódio, o sangue. Tudo era cruelmente verdade”, relata Beatriz.

A artista também relembra para o jornal alguns episódios que a marcaram nessa época, como o caso de Isabel, uma prostituta que segundo ela, era jovem, possuía traços indígenas e cabelos longos. Beatriz conta que juntamente com Alex, Luiz e o cafetão, fizeram o parto do filho de Isabel.

Outra história que Beatriz relembra era de uma prostituta morena agredindo o rosto de uma loira com navalha, por ciúme de um marinheiro. Foi então que Beatriz entendeu que a morena era a prostituta preferida do marinheiro e a loira tinha se adiantado. “Aquilo não era nada glamouroso, nada romântico. Mas era a realidade”.

Outros episódios foram registrados pela repórter, como a carona que Beatriz deu ao então menos conhecido Luiz Inácio Lula da Silva.