Durante cinco anos, Bruno integrou o Grupo de Estudos para a Magistratura (GEM) da Unisanta.
“Mais importante do que estudar muito, é estudar sempre”. Guiado por essa máxima, Bruno Nascimento Troccoli, ex-aluno formado em 2012 pela Faculdade de Direito da Universidade Santa Cecília (Unisanta), foi aprovado no 186º concurso para a Magistratura de São Paulo. Mais de 12 mil candidatos participaram do exame, um dos mais concorridos da história da magistratura estadual.
O concurso foi composto por cinco fases, sendo quatro delas eliminatórias com provas de alternativas, escrita com questões subjetivas, dissertação, sentenças, prova oral e de títulos. Apenas 77 pessoas foram aprovadas para 217 vagas. “Num certame desta magnitude, a exigência é tão grande que o número de vagas do edital normalmente não é preenchido”, explica Bruno.
Atualmente Bruno ocupa o cargo de 3º Juiz Substituto da 1ª Circunscrição Judiciária – Santos. “Ainda não iniciei a prática dos atos judicantes, uma vez que me encontro no curso de formação ministrado na Escola Paulista da Magistratura, em São Paulo, com término previsto para 26 de janeiro de 2016”, explica.
Dedicação – O binômio disciplina e constância sempre regraram sua dedicação. Bruno iniciou a faculdade com 25 anos e desde o início do curso estava plenamente decidido de seus objetivos. Na época, já tinha admiração pela função, pois trabalhava como escrevente no Tribunal de Justiça de São Paulo.
“A minha dedicação durante a Universidade foi ininterrupta. Estudava todos os dias desde o primeiro dia de aula, mesmo com o dever diário e exaustivo do trabalho no Fórum. Isso culminou numa absorção máxima das matérias ministradas, o que gerou um inesquecível reconhecimento por parte da direção do curso: a láurea universitária com uma média geral superior a 9,5”, afirma.
No 4º ano, Bruno ingressou no Grupo de Estudos para a Magistratura (GEM) da Unisanta, coordenado pelo professor e juiz de Direito Marco Antônio Barbosa de Freitas. De acordo com Bruno, trata-se de “um grupo voluntário de orientação e troca de experiências, o que acaba por ser até mais importante do que qualquer cursinho preparatório”.
“Os recém ingressos acabam por pegar toda a experiência dos demais, uma vez que a troca de informações e a solidariedade são bandeiras definitivas do grupo. Não tenho a mínima dúvida de que, não fosse o GEM jamais eu teria alcançado o meu objetivo em tão pouco tempo”, afirma Bruno, que permaneceu no GEM por cinco anos.
Após a formatura, utilizou o tempo que antes era entregue às aulas para os estudos em casa. Segundo ele, a preparação para o concurso da Magistratura foi extremamente desafiadora e desgastante. “Num país com tantas deficiências e inconstâncias econômicas, é natural que as pessoas busquem nos concursos públicos um meio de encontrar estabilidade profissional e financeira. Ocorre que a magistratura exige muito mais do que isso. Ainda na fase de preparação, é essencial que o candidato se sinta vocacionado àquela função. É esta base que lhe dará força para perseverar e resistir aos dias maus que certamente virão durante esta jornada”.
Com uma boa estratégia de otimização de seu tempo, Bruno estudava, em média, sete horas por dia, tempo que pode ser considerado inferior na rotina dos “concurseiros”. “Por isso é que eu destaco, na minha jornada, a visão estratégica das provas e a formação de uma base jurídica muito bem sustentada no texto legal”.
Ainda de acordo com Bruno, nas fases mais agudas do concurso, como a prova oral por exemplo, o cronograma de estudos era mais simples: estudar enquanto estiver acordado, sem prejuízo da atenção à filha pequena e à esposa. “Um sonho só é pleno quando alcançado sem destruição das demais conquistas, especialmente familiares”.
Mantendo esta linha durante três anos e meio após o término da faculdade, ele obteve êxito na aprovação do concurso da magistratura de Goiás e de São Paulo. “Durante este triênio, jamais fui reprovado em uma primeira fase de concurso da magistratura”, conclui com orgulho de sua trajetória.
Unisanta – Bruno guarda com carinho as recordações de seu tempo de estudos no Colégio e na Universidade Santa Cecília, bem como o tempo em que foi atleta da Natação Unisanta.
“Considero a Universidade Santa Cecília a minha segunda casa. O meu vínculo com a instituição acompanhou o meu amadurecimento. Ali fiz toda a educação infantil, o ensino fundamental e os dois primeiros anos do ensino médio. Durante boa parte deste período integrei a equipe de natação da Universidade, o que foi essencial para a formação da minha personalidade, com valores pessoais que só o esporte é capaz de proporcionar. Estudava pela manhã e treinava na parte da tarde. Portanto, durante um longo período ficava mais no complexo do que na minha própria residência. A escolha em continuar neste ambiente familiar e acolhedor no curso superior não foi nada dificultosa”, conclui.