Thiago Cesar de Souza Pinto, que assume o cargo de pesquisador no Instituto Tecnológico da Vale em Ouro Preto, em janeiro de 2014, deixará de dar aulas na Unisanta, mas pretende manter parcerias com a Instituição.
Ele se formou engenheiro na Universidade Santa Cecília (Unisanta), fez mestrado e doutorado na USP com pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Operações Unitárias da Faculdade de Engenharia Química da Unisanta, conceituado em todo o País. Deu aulas no Mestrado de Engenharia da Universidade até o final deste ano, mas assume novos desafios a partir de 2014: foi contratado como engenheiro do Instituto Tecnológico da Vale em Ouro Preto, no setor de pesquisas e desenvolvimento da empresa.
A Unisanta continua a fazer parte de seus planos. Continuará como orientador externo no Programa de Mestrados da Unisanta, porque, conforme explica, é muito grato a tudo o que a Instituição lhe ofereceu, tanto no esporte como na vida acadêmica. Poucos se lembram que Thiago, que havia acabado de ingressar na faculdade em Ribeirão Preto, veio para a Unisanta para nadar e estudar. Defendendo a equipe ceciliana, sob o comando do técnico Márcio Latuf, foi campeão brasileiro nos 100 metros costas, campeão brasileiro do Campeonato Absoluto, em 2003 e integrante da seleção brasileira, de 2001 a 2005.
Aluno contemplado com a bolsa atleta, viveu uma época intensa no esporte. Com o mesmo empenho, formou-se engenheiro químico na Unisanta em 2004, mas competiu nas piscinas até 2007, quando sentiu que deveria se concentrar mais na vida acadêmica. Era o fim da segunda fase. Não parou mais de estudar.
O tema de seu Mestrado na USP foi Aplicações de Técnicas Clássicas de Dimensionamento de Espessadores. A pesquisa prática foi no Laboratório de Operações Unitárias da Faculdade de Engenharia Química. Sua contribuição foi mostrar o uso de fator de escala no tratamento de água e mineração, com o objetivo de recuperar e reciclar a água do processo.
Terminou seu doutorado na USP em 2012 com bolsa da Capes, sobre Modelagem da Velocidade Crítica de Transporte de Polpas Minerais contendo Partículas Grossas, com estudos parciais no Royal Melbourne Instituto of Tecnology, na Austrália. O objetivo foi gerar uma equação para poder prever a velocidade de transporte de polpas minerais sem a necessidade de fazer ensaios prévios. A equação permite evitar erros e até o não funcionamento de mineroduto. A respeito do tema, Thiago Cesar de Souza Pinto publicou artigo no Institut Journal of Flow Multiphase.
O doutorado, feito com bolsa da Capes, terminou em 2012. Recebeu então o convite para integrar o corpo docente do Mestrado em Engenharia Mecânica da Unisanta. Ele já dava aulas nos cursos de graduação de Engenharia Química e de Engenharia Mecânica desde 2010. Foi uma ótima experiência, mas a terceira etapa chegou. Aos 35 anos, recebeu uma proposta irrecusável: trabalhar no Instituto Tecnológico da Vale, em Ouro Preto, com projetos de know how na linha de processamento mineral.
“É um novo desafio, aplicar conhecimentos em um grande centro de pesquisa como o da Vale, um dos maiores do mundo. Mas não vou deixar de fazer parcerias com a Unisanta e ser orientador externo do Programa de Mestrado de Engenharia Mecânica da Instituição. Foram 15 anos em que pude compartilhar minhas conquistas com a Universidade, no esporte e na vida acadêmica”, afirma Thiago, para explicar sua dificuldade em se desligar totalmente da instituição.
“Devo muito à Universidade Santa Cecília, especialmente aos professores Luis Renato Bastos Lia, coordenador do curso de Engenharia Química, Deovaldo de Moraes Júnior, Carlos Alberto Moino, José Carlos Morilla, Marcos Tadeu, ao diretor da Faculdade, Antonio de Salles Penteado, diretor da Faculdade de Engenharia, aos técnicos Volney de Lemos e Gilmar Alcântara”, conclui.