O Programa de Gerenciamento foi criado pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP/PR), com a participação da Unisanta, Unifesp e Codesp.  

A partir da próxima semana, os portos de Santos  e de São Sebastião serão alvo  de uma pesquisa inédita, de interesse ambiental e para a saúde pública, visando diagnosticar os resíduos portuários sólidos, líquidos e  da fauna sinatrópica, relativa a ratos, baratas e demais insetos, e propor soluções aos problemas encontrados.

O Programa de Conformidade do Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos Portos Marítimos Brasileiros foi criado pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP/PR), com a participação da Universidade Santa Cecília (Unisanta) e Unifesp. O treinamento das equipes se estenderá até 23 de julho.

O prof. dr. Rodrigo Choueri  coordena o trabalho  da equipe da Unisanta. Participam professores e alunos bolsistas do  Programa de Mestrado em Sustentabilidade e Ecossistemas Costeiros e Marinhos,   além de alunos de graduação da Universidade.  Um dos   bolsistas de Mestrado fará uma dissertação  enfocando a pesquisa.

Nesta sexta-feira (6), os participantes continuarão fazendo o reconhecimento das áreas de trabalho,  o que foi iniciado na quinta.  Na quarta-feira, houve um encontro de integração entre os pesquisadores, no Centro de Treinamento da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Os trabalhos se estenderão por sete meses, segundo informações da Codesp.  A segunda fase, prevista para 2013, tem início após a conclusão desse diagnóstico. A proposta é sugerir, no final da pesquisa, novos procedimentos e tecnologias para o tratamento dos resíduos portuários.

Em nível nacional, o projeto é coordenado pelo Programa de Planejamento Energético do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia  (PPE/COPPE/UFRJ). Os estudos ambientais, econômicos, sociais e tecnológicos dos resíduos e da fauna sinantrópica nociva (animais que coabitam, indesejavelmente, com o homem) será feito nos 22 portos marítimos brasileiros.

Na Baixada Santista serão sete equipes, formadas por alunos de graduação e pós-graduação de universidades da Baixada Santista (Unisanta e Unifesp), orientadas por técnicos da UFRJ e da Superintendência de Meio Ambiente da CODESP.

“Os portos localizam-se normalmente em zonas de elevada sensibilidade ambiental e na proximidade de zonas urbanas”, afirma o coordenador local do projeto, o ecólogo Rodrigo Brasil Choueri. Para ele,  a participação do PPG-ECOMAR pela Unisanta, e do BICT-Mar pela UNIFESP  “aproxima estes cursos de seus objetivos,  que são, entre outros, atender às demandas nacionais de desenvolvimento voltadas à zona costeira, incluindo a questão portuária, mas sem perder de vista a formação de profissionais com forte vocação socioambiental”.

“Os resultados deste projeto contribuirão  para a estruturação de um programa para a gestão integrada resíduos sólidos, efluentes e fauna sinantrópica nos portos instalados ao longo da costa brasileira”, afirma.

Tradição em pesquisas

Além de Rodrigo Choueri, participam pela Unisanta os professores de Mestrado Augusto Cesar e  Camilo Seabra, os três com expressiva participação no Laboratório de Ecotoxicologia da Universidade. O Laboratório de Ecotoxicologia, com 21 anos de existência, realiza pesquisas e elabora laudos com reconhecimento nacional e internacional. Foi um dos primeiros laboratórios de Ecotoxicologia do País, entre universidades, a obter a certificação ISO – International Organization for Standardization. Em 2010, recebeu a renovação  da certificação ISO 17.025 do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro).