Por conta de um projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a Universidade Santa Cecília (Unisanta) receberá, na segunda-feira, dia 26, às 11 horas, a visita de pesquisadores da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), da Universidade de São Paulo, os quais entregarão à Unisanta um estereomicroscópio de última geração a ser utilizado nas pesquisas.
O projeto temático “Estudos morfoanatômicos, metabolômicos e moleculares como subsídios à sistemática de espécies de Asteraceae e acesso ao seu potencial farmacológico” tem por objetivo investigar aspectos anatômicos, químicos e moleculares de um grupo de plantas.
A pesquisa envolve pesquisadores da Unisanta e de três unidades da USP: a ESALQ, que fará os estudos anatômicos, a USP de Ribeirão Preto, responsável pelos estudos químicos metabolônicos e a USP de São Paulo em conjunto com a Unisanta responderão pelos estudos morfológicos e moleculares.
A coordenação geral é a professora doutora Beatriz Apezzato-da-Glória, da ESALQ. Participam da equipe de estudos moleculares os professores doutores José Rubens Pirani e Benoit Loeuille, da USP – SP, e a professora doutora Mara Magenta, da Unisanta.
Sobre a pesquisa
A modalidade Projetos Temáticos é oferecida pela FAPESP para apoiar propostas com objetivos suficientemente ousados, o que justifica a duração de até quatro anos. Tais projetos visam à obtenção de resultados científicos ou tecnológicos de elevado impacto para o avanço da fronteira do conhecimento.
O projeto temático em estudo está organizado em três subprojetos que têm como meta principal ampliar os conhecimentos morfoanatômicos e metabolômicos das Asteraceae para aplicá-los, juntamente com dados moleculares, em estudos filogenéticos (que traçam relações evolutivas de um grupo de organismos) de dois importantes grupos de plantas da família do girassol (tribos Heliantheae e Vernonieae). Outro objetivo é levantar o potencial farmacológico das espécies escolhidas através de ensaios anti-inflamatórios in vitro.
A doutora Mara ressalta que muitas das espécies escolhidas são endêmicas, ocorrentes em áreas de Cerrado, várias com risco de serem extintas antes mesmo da realização de estudos biológicos, químicos e moleculares.
“A busca de novas entidades químicas em plantas de importantes biomas brasileiros como o Cerrado, para o uso na terapêutica, pode contribuir para a sustentabilidade do país, podendo gerar renda em pequenas comunidades de regiões pouco favorecidas onde crescem e se desenvolvem as espécies previstas no presente projeto”, afirma o professor doutor Fernando Costa, da equipe da USP Ribeirão Preto.