Na manhã desta quarta-feira, 21/10, começou o II Congresso Brasileiro de Iniciação Científica (COBRIC) nas dependências da Universidade Santa Cecília (Unisanta).

Em meio de 500 trabalhos inscritos, alguns se destacam por abordar assuntos ligados à a saúde da população. É o caso da pesquisa Avaliação do uso de plantas medicinais e suas possíveis interações medicamentosas em comunidades carentes de Santos. As alunas da Faculdade de Farmácia do 5º ano, Taiara Santos de Lara, Karina Nunes de Oliveira e Thais Souza Ribeiro, visitaram comunidades carentes de Santos, com o objetivo de avaliar quais as plantas medicinais que a população fazia uso.

Sob orientação do professor de Química Orgânica, José Eduardo Pandini, as estudantes descobriram que a população faz uso indevido de plantas. “A mídia fala que o natural não faz mal à saúde”, comenta Taiara Santos. “Mas quando se tem o uso indevido e abusivo de plantas medicinais, o paciente pode ter complicações. Como exemplo, o chá de camomila. O consumo desta planta aliado ao ácido acetilsalicílico (fármaco muito utilizado em analgésicos e anti-inflamatórios) “afina” o sangue, podendo causar hemorragia”, completa a estudante.

Osteoporose – Outro tema abordado foi O nível de conhecimento da população sobre a osteoporose, feito pelos alunos da Faculdade de Educação Física do 4º ano, Wagner Pessoa Bonetti, Alex Luis Salvador, Carlos Eduardo Cabral e Hugo Henrique Alves de Oliveira. Os estudantes entrevistaram mais de 150 pessoas em Santos, Guarujá e Praia Grande para saber quanto a população sabe sobre a osteoporose, trata-se de doença que atinge os ossos, diminuindo substancialmente a quantidade de massa óssea e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fratura, que atinge, principalmente, mulheres acima dos 50 anos de idade.

O resultado foi surpreendente. Com as pesquisas, os estudantes de Educação Física viram que 98% dos entrevistados não tinham conhecimento da doença e que pesquisas recentes mostram que, de 100 pessoas, 20 tem osteoporose. Para o integrante do grupo, Alex Luis Salvador, o trabalho é importante para as pessoas se conscientizarem. “A população deve ter consciência desta doença e tentar amenizar, através de exercícios físicos, que estabilizam a osteoporose, e alimentação correta”, explica o aluno.

Mastectomias – Orientado pelo professor da Faculdade de Fisioterapia José Luiz Marinho Portolez, as alunas do último ano de Fisioterapia, Priscila Dias Pereira, Elizabeth Rosimar Alves Santos e Andressa Coelho trabalharam durante um ano com o tema: Avaliação Funcional de Membro Superior em Mulheres Mastectomizadas com Linfedema Através da Aplicação do Dash com Classificação pela CIF. Com o objetivo de avaliar o grau de funcionalidade e incapacidade do membro superior das mulheres atingidas pelo câncer de mama, doença que atinge cerca de 30.000 mulheres ao ano, as estudantes entrevistaram 15 mulheres diagnosticadas com câncer de mama até a fase III, que passaram por tratamentos.

As entrevistadas responderam a 30 questões do DASH, (questionário modelo) e, através das respostas, as alunas concluíram que 73% das mulheres tiveram uma diminuição significativa das atividades rotineiras. “Atividades como escovar os dentes, limpar a casa, lavar roupa se tornam difíceis para serem realizadas sozinhas”, explica Priscila Dias Pereira. “O melhor a ser feito é cada paciente ter um tratamento fisioterapêutico adequado para suas necessidades”, completa a estudante.

O evento, que teve sua abertura na última quarta-feira (20), com apresentação do diretor da Faculdade de Pedagogia, doutor Fábio Giordano, será encerrado nesta sexta-feira, às 11h, com entrega de prêmios no Consistório.

O COBRIC é organizado pela Profª Brigitte Rieckmann Martins dos Santos; Prof. Antonio Salles Penteado; Prof. Áureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo; Prof. Marcos Tadeu Pacheco e Prof. Daniel Siquieroli Vilas Boas. A comissão científica é composta pelo Prof. Daniel Siquieroli Vilas Boas, Prof. João Inácio da Silva Filho, Prof. Fábio Giordano, Prof. Roberto Pereira Borges, Profª Lídice Romano de Moura, Profª Maria Cristina Pereira Alves e Profª Maria Cristina Pereira Matos.