Na região da Baixada Santista cerca de 13% da população é portadora de algum tipo de deficiência. Grande parte utiliza os serviços de reabilitação de instituições de origem filantrópica ou serviços públicos pertencentes ao Sistema Único de Saúde.
Contudo, ainda em processo de desenvolvimento, essas entidades não possuem o serviço de Hippoterapia associada à fisioterapia convencional, que potencializa o processo de recuperação funcional dos pacientes.
No Brasil, Gláucia Araujo, fisioterapeuta e professora do curso de Fisioterapia da Universidade Santa Cecília (Unisanta) é uma das pioneiras a realizar o tratamento de Hippoterapia, junto ao idealizador e também fisioterapeuta, Fernando Lages Guimarães. Atualmente, Glaucia trabalha junto com a ex-aluna do curso de Fisioterapia da Unisanta e especialista em neurologia infantil, Fernanda Rocha.
Na região, grande parte das crianças atendidas não tem condições financeiras para fazer a terapia, devido ao custo com o cavalo. Por este motivo, Gláucia e Fernanda desenvolveram o projeto com a idéia do apadrinhamento, ou seja, conseguir uma pessoa que deseja colaborar financeiramente com o tratamento do paciente.
A sessão dura 30 minutos. O fisioterapeuta programa as sessões após avaliação minuciosa de acordo com o objetivo específico, e trabalha com cada um individualmente. O beneficio da sessão começa quando o paciente é apresentado ao cavalo.
O tratamento é realizado na Hípica MCA Horse Club, localizada na Av. Francisco Ferreira Canto, 360, no Bairro Caneleira, em Santos. Para maiores informações contatar as responsáveis do projeto nos telefones (13) 7808-1643 ou (13) 7806-1040.
Hippoterapia – É uma técnica, reconhecida mundialmente, utilizada pelos fisioterapeutas no tratamento de pacientes portadores de deficiências física, intelectual ou sensorial, com a ajuda do cavalo.
É considerada uma das terapias mais completas devido ao deslocamento tridimensional do cavalo. Seu deslocamento tem um efeito terapêutico apresentando movimento muito similar da pélvis (cavidade óssea da bacia).
O animal apresenta movimentos que nenhum aparelho mecânico consegue imitar. O paciente senta-se no cavalo sobre uma manta e o fisioterapeuta trabalha no chão, quando ele consegue manter-se sozinho sobre o animal. Quando o paciente não é capaz de se equilibrar sobre o cavalo, o fisioterapeuta auxilia no manuseio do animal de acordo com a necessidade.