No telão, a cantora Nara Leão falava das canções cantadas em voz baixa e do surgimento da Bossa Nova. Na Biblioteca, a música era intimista e o público aumentava a cada canção. Em pouco tempo, os estudantes ocuparam todos os espaços e acompanharam no ritmo das canções o sarau em homenagem aos 50 anos da Bossa Nova realizado na terça (26).
A professora Márcia Okida, acompanhada pelos músicos Diogo Paulino e Márcio Dias, interpretaram canções de Tom Jobim, João Gilberto Baden Powell e Vinícius de Moraes. Intercalando música, poesia e projeções no telão, a Biblioteca Central da Unisanta se transformou, por alguns momentos, no espaço ideal para se curtir boa música.
A decoração lembrava a Bossa Nova, discos de vinil, Cds, uma mesa e cadeiras de bar ocupadas por Cláudia Busto, Priscila Rodrigues, Madeleine Alves e Ricardo Reis que, no intervalo das canções, declamavam poemas e trechos das composições do poeta Vinícius.
Vou por aí, Insensatez, O barquinho, Desafinado, Garota de Ipanema e Chega de Saudade foram as canções do repertório de Márcia Okida que na visão do músico Vitor de Andrade Silva foi fiel ao estilo da Bossa Nova.
“A apresentação contou com músicas conhecidas muito bem interpretadas e respeitou o estilo original das canções, que eram cantadas em voz baixa”, disse Andrade Silva, que ressaltou também a originalidade do cenário e a escolha das poesias relacionadas ao tema do amor e das canções.
Para a estudante Sheila Almeida, o Sarau com este tema é um caminho para as pessoas se interessarem pela poesia e, também uma forma de aproximar o público da criação cultural de uma época.
A apresentação contou com duas intervenções, uma canja da cantora Bia França, que finalizou com a canção Wave de Tom Jobim. Os alunos do curso de Artes Visuais fizeram coreografias acompanhando o ritmo de uma das canções.