A sensação de objetivo alcançado é perceptível no técnico da equipe principal da UNISANTA, Márcio Latuf, e nas nadadoras Lílian Cerroni, Ana Marcela Cunha e Larissa Cieslak, que representaram a natação brasileira nos Jogos Pan-americanos Rio 2007.
Para Latuf, o desempenho das nadadoras foi dentro do esperado, exceto pela maratonista Ana Marcela Cunha, que foi prejudicada no final da prova dos 10 quilômetros ao ser puxada por uma nadadora venezuelana. De acordo com o técnico, e com as três nadadoras, o objetivo era nadar uma final – no caso de Larissa e Lílian, que disputaram provas em piscina – ou terminar a competição entre as oito melhores, como era o caso de Ana Marcela.
Ana Marcela, que estava em busca de uma medalha, analisa a competição de forma positiva e diz que já diminuiu para três minutos a distância que a separa de suas principais concorrentes. Segundo a nadadora, isso só aumentou sua determinação em conseguir uma vaga para as Olimpíadas de Pequim, em 2008, onde a prova de maratonas aquáticas estará inserida no programa pela primeira vez: “O que eu tiver que fazer de trabalho para conseguir essa vaga eu vou fazer, estou bastante empolgada”.
Com relação ao incidente com a nadadora venezuelana, a atleta diz que foi um grande desafio para ela encarar a situação naquele momento e, embora muita coisa tenha se passado em sua cabeça dela, em nenhum momento ela pensou em desistir ou nadar mais fraco apenas para completar a prova.
No que diz respeito ao ciclo de treinamento, Latuf diz que não houve falhas de planejamento, nem problemas com o trabalho realizado, mas considera que o treinamento de altitude e as competições preparatórias no exterior fizeram falta para as atletas da UNISANTA. “Treinar em altitude teria feito diferença, pois é importante para ganho aeróbico e ajuda muito no final de prova”, analisa.
Para Larissa, que nadou os 400m medley, o tempo obtido na prova foi pior que o esperado, mas a experiência de nadar uma competição desse porte é inenarrável. Além disso, a atleta atingiu o objetivo proposto e pelo qual tanto treinou: pegar uma final. Ela acrescenta que a melhor parte da experiência foi conviver com aqueles que eram seus ídolos e perceber que eles são pessoas normais como ela e isso só aumentou sua motivação.
Lílian Cerroni ficou feliz com o resultado final, mas não gostou do tempo obtido na prova: “Treinei bastante e é duro olhar no placar e ver que não tinha alcançado meu melhor tempo, mas por outro lado, consegui uma vaga para a final, que era meu objetivo”, comenta a nadadora. Agora, ela está dividida entre treinos e o último semestre do curso de publicidade e propaganda, mas mostra que está focada no trabalho e de olho nas próximas vagas para as competições internacionais.
Todos ficaram satisfeitos com as instalações e o desenrolar da competição, dizendo que as expectativas foram superadas e que os atletas dos outros países não esperavam encontrar uma estrutura tão bem-feita e eficiente em se tratando de uma competição no Brasil. Na análise dos resultados da seleção brasileira de natação, tanto Latuf quanto as meninas elogiaram o desempenho dos atletas brasileiros.
Mesmo com todo esse clima de dever cumprido, tanto o técnico quanto as meninas não relaxaram no trabalho e estão concentrados para o resto da temporada. O Troféu José Finkel, competição nacional mais importante do semestre, se realizará no início de setembro na Grande Florianópolis.