A obra poética de Narciso de Andrade, admirada por autores como Décio de Almeida Prado e Roldão Mendes Rosa, finalmente será publicada no livro Poesia Sempre, graças à iniciativa da Editora UNISANTA, da Universidade Santa Cecília. O lançamento será realizado nesta quinta-feira, às 19h30, no Anfiteatro do Bloco E – 4º andar, na Rua Cesário Mota, 8.
Nos versos sensíveis, a magia do mar, dos pássaros marinhos e o fascínio dos navios no porto, que encantaram seus leitores do jornal A Tribuna, onde o poeta publicou crônicas e versos.
“A poesia sempre conduz o leitor a um mundo mágico, repleto de metáforas a serem interpretadas por corações ansiosos. A tessitura dos versos de Narciso de Andrade proporciona a quem sobre eles se debruça verdadeira viagem ao mundo encantado das palavras. Estas embalam nossos pensamentos e sentimentos numa linda sinfonia de sons, ritmos, cadências, próprios daquele que domina a arte de escrever com maestria”, declara no prefácio a escritora Lúcia Teixeira Furlani.
“Poeta dos ventos e das maresias”, como aponta Adelto Gonçalves, Narciso de Andrade é uma personalidade admirada em Santos, por seu trabalho jornalístico, poético e por suas qualidades pessoais. Aos 82 anos, Narciso se lembra com saudade do seu tempo de “repórter marítimo” em O Diário de Santos.
Formou-se em Direito em 1957, foi chefe do Departamento Jurídico da então Companhia City, até que se aposentou em 1984.
Segundo a professora drª Lúcia Maria Teixeira Furlani alguns desses temas, entrelaçados no real, nos introduzem em mundos com os quais se tropeça tanto no silêncio de cada um quanto no estardalhaço das situações e notícias que trazem o distante e o estranho para dentro de nós. Outros registram o diálogo de Narciso consigo mesmo, na ânsia de responder a questões que vêm intrigando a humanidade por todo o sempre: de onde viemos?; para onde vamos?; quem somos, de fato? Se não há respostas objetivas para tais perguntas, há, pelo menos aqui, a certeza de que o existir, às vezes pontilhado de nuvens cinzentas, outras coberto por um sol radiante, será infinito e eterno, se reinventado a cada dia.
