A equipe do Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas – NPH – UNISANTA, coordenada pelo Prof Gilberto Berzin, dentro do projeto EcoManage – Sistema Integrado de Gerenciamento Ecológico de Zonas Costeiras (Integrated Ecological Coastal Zone Management , desenvolveu atividades para a obtenção de uma batimetria fina em todo o Estuário de Santos, principalmente na sua parte interna. Ao todo foram oito (8) campanhas, com medidas de profundidade em 1.400 pontos, iniciado em fev./05 e término em abril/06. em mais uma etapa desse programa internacional.
Estas medidas são muito importantes para o bom desenvolvimento do modelo ambiental proposto, pelo que necessita de perfeita batimetria para simular as correntes que transportam os sedimentos, poluentes e indicadores de poluição orgânica (colimetria), em função das variações de marés e ação dos ventos.
Os resultados obtidos no campo foram ajustados ao referencial de nível da Marinha do Brasil e utilizando-se software´s específicos geraram novas plantas de batimetria do estuário. Foram atualizados os dados da batimetria anterior utilizada pela Universidade desde 1995, quando do desenvolvimento do modelo hidrodinâmico de circulação oceânica, pois esses antigos registros datavam de 1964 na Carta Náutica n° 1701. Normalmente se atualiza batimetria em canais de navegação, áreas e berços de atracação de portos.
O NPH utiliza modelos matemáticos avançados de circulação oceânica, alguns já aplicados no Estuário de Santos pela UNISANTA e participa ativamente no desenvolvimento do modelo ambiental proposto, juntamente com as equipes do projeto.
Dessa forma, pretende-se controlar os resultados obtidos nos modelos, com o auxílio de imagens de satélites ambientais e estudos já realizados nos locais de pesquisa.
Centro de referência- “A UNISANTA está sendo considerada um centro de referência de estudos sobre o porto, meio ambiente e o estuário”, afirma o professor Fábio Giordano, coordenador do EcoManage na UNISANTA e coordenador do Núcleo de Estudos Ambientais da Universidade. Ele menciona o papel de destaque da UNISANTA, em um Conselho Consultivo de Notáveis para o EcoManage, envolvendo instituições de pesquisas , órgãos públicos, particulares e usuários.
O software ajudará as autoridades e legisladores a decidir se futuros investimentos na região estudada poderão ou não ser feitos. A idéia é sugerir cuidados e medidas para atenuar os impactos sejam físico, econômico, social e biológico, de marinas, aterros, dragagens e outras intervenções no estuário, afirma Giordano.
Fruto de um consórcio de pesquisa internacional, com sede na UE, o Projeto EcoManage estuda, desde dezembro/05, sistemas costeiros do porto de Santos; de Baía Blanca, na Argentina; e do Fjord de Aisén, no Chile, com a participação de técnicos desses países e da Itália, Holanda e Portugal.
Na Baixada Santista, o projeto dará ferramentas virtuais para o desenvolvimento da região, visando à utilização correta do estuário, às atividades do porto de Santos, à economia, à despoluição das praias e, conseqüentemente, ao turismo. Funcionará como uma grande biblioteca virtual, para ajudar os parceiros a definir se futuros investimentos na região estudada podem ou não ser feitos. Quais os cuidados e os impactos seja físico, econômico social e biológico”.
No final de 2004, o projeto da UNISANTA foi selecionado dentre muitos outros enviados a UE por países de todo o mundo. Na oportunidade, a UNISANTA e a Universidade de São Paulo, por meio do Instituto Oceanográfico, passaram a integrar um seleto grupo de estudos que inclui em Portugal, o Instituto Superior Técnico de Lisboa – IST, a Hidromod – Engenharia e Modelação Ltda e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LENEC; a Universidade de Trieste, na Itália; a Noctiluca Marien, da Holanda; o Instituto Argentino de Oceanografia – IADO, da Argentina; a Universidade do Chile e o Centro de Ecologia Aplicada, ambos do Chile.
Atividades e Reuniões – Desde o inicio do projeto, em dezembro de 2004, estão sendo pesquisados e coletados dados do estuário santista. Cabe à UNISANTA os estudos de hidromodelagem do estuário e da dispersão de agentes físicos, químicos e bacteriológicos no mar, também os levantamentos sobre a flora e fauna do estuário e os estudos socioeconômicos de toda a região de influencia. A USP pesquisa a produção primária da cadeia alimentar e a ecotoxicologia da água do lodo na área do canal.
A primeira reunião de trabalho do grupo ocorreu em fevereiro de 2005 na UNISANTA. A segunda foi em setembro/5 em Lisboa – Portugal e, em março de 2006, ocorreu a terceira, em Bahia Blanca, na Argentina. A próxima está marcada para o Chile, em dezembro/6.
Outras informações no site www.unisanta.br/nph/ecomanage ou pelo e-mail ecomanage@unisanta.br.