Eduardo Fischer, nadador da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), segue para Xangai, na República Popular da China, disposto a repetir, ou quem sabe, superar o desempenho registrado no Mundial de Piscina Curta de 2002, em Moscou, quando além de conquistar medalha de bronze nos 50 metros nado de peito, ainda superou quatro recordes sul-americanos individuais e mais um com a equipe de revezamento 4x100m medley.
Dono do maior número de medalhas em Copas do Mundo (26), entre os atletas brasileiros em atividade, Eduardo Fischer têm treinado forte, voltado para o bom desempenho nas provas de 50 e 100 metros nado de peito, além do revezamento 4×100 quatro estilos.
Além de Fischer, a UNISANTA terá mais dois atletas entre os 20 que integram a seleção brasileira de malas prontas para Xangai, palco do 8º. Campeonato Mundial de Piscina Curta (25 metros). Monique Ferreira atuará nos 400 livres e no 4×200 livres, enquanto Conrado Chede tem presença confirmada nos 400 e 1500 livres.
O Brasil participará do Mundial com uma das equipes mais fortes de sua história. Entre os 20 participantes, 12 estiveram nos Jogos Olímpicos de Atenas e cinco subiram ao pódio do último Mundial de 25 metros, em Indianápolis.
O Mundial em Piscina Curta de Xangai terá atletas de 129 países e será transmitido par a 130 nações. A competição acontecerá em uma piscina temporária construída no Qizhong Stadium, no distrito de Minhang, a sudeste de Xangai.
As instalações, inauguradas em agosto do ano passado para sediar a ATP Tennis Master Cup, têm um teto móvel feito com oito painéis que, quando abertos, assumem a forma de uma flor de magnólia, um símbolo oficial da cidade. Durante o Mundial da FINA o estádio terá capacidade para 12 mil expectadores.
BRASIL NOS MUNDIAIS – O Brasil esteve em todos os Mundiais em 25 metros e já conta com uma rica história de medalhas e conquistas. Um passado recente que elevou o Brasil no cenário internacional da natação.
A seleção brasileira conquistou, logo no primeiro Mundial em Piscina Curta, em 1993, em Palma de Mallorca, na Espanha, duas medalhas de ouro e uma de prata. Nos 100m livre, Fernando Scherer venceu e Gustavo ficou com a prata. Eles ainda retornariam ao lugar mais alto do pódio no 4x100m livre junto com Teófilo Ferreira e José Carlos Souza Júnior.
Mas a equipe brasileira brilharia mesmo em 1995, no Mundial realizado em plena praia de Copacabana. Foram três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Gustavo e Fernando fizeram o hino nacional tocar, respectivamente, nos 200m livre e 100m do mesmo estilo. Nesta última, Gustavo também foi o segundo colocado. Gustavo, Scherer, André Cordeiro e Alexandre Massura também veriam a bandeira verde e amarela subir no 4x100m livre.
Fernando Scherer conquistou mais uma medalha de prata para o país nos 50m livre e o time do 4x200m livre de Gustavo, Cassiano Leal, Fernando Saez e Teófilo Ferreira ficou com o bronze.
Dois anos depois, em 1997, no Mundial em Piscina Curta de Gotemburgo, na Suécia, só deu Gustavo Borges. Ele ganhou a medalha de ouro nos 200m e a prata nos 100m livre.
Entre todas as competições em 25 metros realizadas até então, a de Hong Kong, em 1999, foi a mais forte, com a estréia do programa com eliminatórias, semifinais e finais. Esta nova programação passaria a valer também nas Olimpíadas.
Embora o país não tenha conseguido medalhas, o saldo da competição na China foi bom, com o país colocando semifinalistas e finalistas em 21 provas e superando quatro recorde sul-americanos.
A natação brasileira começou a dar sinais da renovação de seus atletas no Mundial em Piscina Curta de Atenas, participando com um time composto por novos nomes da natação brasileira naquele momento como Paula Baracho, Ana Carolina Muniz e Nayara Ribeiro.
Após duas edições do Mundial em Piscina Curta sem medalhas, o país retornou ao pódio em 2002, em Moscou, com um time que mesclava o vasto currículo de Gustavo Borges com a garra e juventude de atletas como Flávia Delaroli e Rebeca Gusmão.
Gustavo Borges mais uma vez brilhou e levou a prata nos 200m livre. Na Rússia, o país ganhou mais um medalhista mundial, Eduardo Fischer, que conquistou o bronze nos 50m peito. Fischer ainda superou quatro recordes sul-americanos individuais e mais um com a equipe de revezamento 4x100m medley. O 4x200m livre masculino também bateu o melhor tempo do continente.
O jejum de medalhas de ouro, que durou de 1997 a 2002 foi quebrado no Mundial em Piscina Curta de Indianápolis, nos Estados Unidos, em outubro de 2004, pouco mais de um mês após os Jogos Olímpicos de Atenas.
Foram cinco pódios (um ouro, uma prata e três bronze) e destaque maior para Thiago Pereira, que provou seu talento ganhando os 200m medley e faturando a prata no 4x100m livre, e o bronze nos 4x200m livre e 100m medley. A outra medalha individual foi de Nicholas dos Santos, com o bronze nos 50m livre.
Além de Thiago, ganharam medalha em Indianápolis os seguintes atletas: Christiano Santos e César Cielo Filho (4x100m livre), Nicholas dos Santos (4x100m livre e 50m livre), Lucas Salatta, Rafael Mósca e Rodrigo Castro (4x200m livre).