Os destaques das duas primeiras etapas do Projeto Travessia Oceânica Laje de Santos/Renata Câmara Agondi, maior competição em águas abertas do Brasil, brilharam nas águas frias de Copacabana, no Rio de Janeiro. Luiz Lima, nadador da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), conquistou, na manhã deste domingo (20), o título de tetracampeão da Travessia dos Fortes, competição de 3,8 quilômetros disputada entre o Forte de Copacabana e o Forte Duque de Caxias, no Leme, na Zona Sul carioca. Luiz Lima recebeu R$ 10 mil pela conquista.
Luiz obteve sua quarta vitória consecutiva, estabelecendo o novo recorde da prova, com 37m35 (tempo corrigido). No próximo sábado (26), ele estará participando da terceira etapa do Projeto Travessia Oceânica Laje de Santos/Renata Câmara Agondi, em busca de mais uma conquista. Outra vez na condição de um dos favoritos.
Ganhador da primeira etapa do Projeto Travessia Oceânica, Luiz Lima esteve sempre entre os três primeiros colocados. Chegou a liderar parte do trajeto e, num sprinter característico, deixou para trás dois especialistas em maratonas aquáticas, Fábio Lima, quarto colocado no ano passado, com 38m35, e Carlos Pavão, vice-campeão brasileiro de águas abertas, com 39m34. Em quarto lugar chegou o vice-campeão da Travessia dos Fortes em 2004, Glauco Rangel, outro destaque do Projeto Travessia Oceânica. Ele ficou em terceiro na segunda etapa.
“Procurei me posicionar bem desde o princípio e acho que levei sorte”, afirmou Luiz Lima, referindo-se ao fato de não ter cometido o mesmo erro dos seus principais adversários que confundiram o posicionamento das bóias próximas do funil de chegada. De qualquer forma, prevaleceu a competência e a técnica do melhor nadador de provas de fundo do Brasil nos últimos 15 anos.
Na versão feminina da Travessia dos Fortes, Monique Ferreira, também da UNISANTA, e campeã em 2004, terminou em terceiro lugar, com 42m25. Monique venceu as duas primeiras etapas do Projeto Travessia Oceânica e é uma das favoritas para a terceira etapa, juntamente com Luiz Lima, no masculino. No Rio de Janeiro, a vitória foi de Poliana Okimoto, ex-atleta da UNISANTA, que atua pelo Esporte Clube Pinheiros, da Capital. Poliana também estabeleceu a nova marca recorde da categoria, com o tempo de 40m50. Ana Marcela de Jesus foi a segunda colocada, com 40m51.
TERCEIRA ETAPA – Agora, Luiz Lima, Monique Ferreira e Glauco Rangel voltam sua atenção para a terceira etapa do Projeto Travessia Oceânica Laje de Santos/Renata Câmara Agondi, marcada para o próximo sábado (26), com os competidores percorrendo a distância olímpica de 10 KM na Baía de Santos.
Nesta segunda-feira (21), a partir das 10 horas, no Consistório da Universidade Santa Cecília (Rua Oswaldo Cruz, 255, Boqueirão, Santos), a Comissão Organizadora estará reunida com representantes da Semes, CET, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e demais envolvidos na disputa, para a definição de detalhes da logística da prova.
O Projeto é uma realização da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), com organização da Presença, e apoio do Sistema A Tribuna de Comunicação. Arbitragem e supervisão técnica estão a cargo da Federação Aquática Paulista. O árbitro geral é Igor de Souza, da Federação Internacional de Natação (FINA).
Nesta terceira etapa, os atletas largarão, de Praia Grande, exatamente da Praia do Coronel, uma pequena faixa de areia localizada nos limites do Forte Itaipu, no qual se acha aquartelado o 2o. Grupo de Artilharia Anti-Aérea (2o. GAAAe). De lá, eles nadarão (distantes cerca de 200 metros na costa), até as proximidades da Ilha Urubuqueçada. A partir deste ponto, seguirão em direção a ponta da Praia, em Santos, com chegada defronte ao Aquário Municipal.
Ao longo da prova, cada atleta será acompanhado por um caiaque, com a mesma numeração do atleta. O canoísta ficará encarregado tanto da orientação do atleta quanto de sua alimentação e hidratação, segundo normas internacionais para provas do gênero. Os atletas deverão se apresentar junto ao Aquário Municipal, impreterivelmente, às 7 horas de sábado (26), para que sejam transportados de ônibus até o ponto de largada.
A prova. que reunirá 38 atletas, sendo 27 homens e 11 mulheres, serve de seletiva para a definição dois oito atletas que terão a honra de participar do desafio de cerca de 40 quilômetros entre a Laje de Santos e a Baía de Santos, em 26 de janeiro de 2006.
Essa etapa será a primeira prova no Brasil após a oficialização das maratonas aquáticas por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) e Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA). Assim, a exemplo do que ocorrerá nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, a prova terá 10.000 metros, mesma distância das maratonas aquáticas olímpicas.
A etapa tem uma dotação de R$ 6.000,00, sendo que haverá premiação em dinheiro para os cinco melhores da categoria masculina e as três primeiras colocadas da feminina. Essa distribuição de prêmios obedece ao percentual de participantes (homens, 70% e mulheres, 30%). Assim, nas duas categorias, os primeiros colocados receberão R$ 1.300,00, cada segundos, R$ 800,00, cada, e terceiros, R$ 550,00 cada. Apenas no masculino, caberá R$ 400,00, ao quarto colocado e R$ 300,00, ao quinto colocado. A premiação desta terceira etapa tem um reajuste médio de 30% em relação à primeira, quando os campeões receberam R$ 1.000,00, cada.
Criado com a finalidade de homenagear uma das mais notáveis nadadoras de águas abertas do mundo, Renata Agondi, o Projeto Travessia Oceânica Laje de Santos/Renata Câmara Agondi é uma realização Universidade Santa Cecília (UNISANTA), com organização da Presença e apoio do Sistema A Tribuna de Comunicação, Governo do Estado de São Paulo (Secretaria de Estado da Juventude e Esportes), Prefeitura Municipal de Santos (Semes e CET), Capitania dos Portos de São Paulo, 17o. Grupamento de Bombeiros, Parque Marinho Laje de Santos, Engeplus, Bandeirante Emergências Médica (BEM). Energil Sport, e Estrada Transportes e 2o. Grupo de Artilharia Anti-Aérea (2o. GAAAe). O Avenida é o hotel credenciado pela Comissão Organizadora para hospedar os atletas vindos de outras cidades e estados.