A Universidade Santa Cecília (UNISANTA) está com inscrições abertas, até 19 de agosto, para os alunos da Faculdade de Engenharia interessados em participar do intercâmbio internacional em um dos mais importantes centros de pesquisa em microeletrônica do mundo: o AIME (Atelier Interuniversitaire Microelectronique) / INSA (Institut National des Sciences Appliquées) de Toulouse, na França.
Os participantes farão parte da 11ª turma de alunos que desenvolverão circuitos integrados (chips), no INSA. A UNISANTA é a única universidade da América Latina credenciada no programa.
De acordo com o professor Djalmir Correa Mendes, responsável da Universidade pelo projeto, a 10ª turma encaminhada a Toulouse em 2005 obteve “o melhor desempenho registrado das turmas da UNISANTA que concluíram o curso”.
Ainda de acordo com Mendes, a próxima etapa para este grupo fica por conta de seleção para possível iniciação científica no Laboratório de Microeletrônica da Universidade de São Paulo (LME/USP).
Projeto Toulouse – julho 2006 – Os interessados devem se dirigir à Coordenadoria das Engenharias, na sala 117 do Bloco M, e falar com Cíntia. Após seleção, estarão disponíveis 14 vagas. No dia 10 de agosto, sábado, haverá uma reunião com explanação sobre o projeto. Informações: 3202-7100, ramal 160.
Histórico – Dos 110 estudantes que viajaram para França, desde 1995, muitos foram selecionados para o programa de Iniciação Científica da Escola Politécnica da USP e depois para o mestrado nessa instituição.
Segundo o professor Mendes, “essa é uma oportunidade única para os alunos de graduação se especializarem na fabricação de circuitos integrados, pois no Brasil, há curso semelhante apenas em pós-graduação.”
Cultura Geral – Para a reitora da UNISANTA, profª. drª. Sílvia Ângela Teixeira Penteado, o intercâmbio internacional possibilita, além do aprimoramento científico, o contato com a rica cultura européia. “A vivência com pesquisadores renomados internacionalmente aliada à cultura geral são os diferenciais que enriquecerão os currículos de nossos alunos, abrindo portas para ingresso no mestrado, doutorado e no mercado de trabalho”.
Sala Limpa – No I.N.S.A, os universitários aprendem a fazer circuitos integrados, contendo desde transistores a portas lógicas, a partir de uma placa de silício de aproximadamente 0,3 milímetros. Todo o processo é desenvolvido num local livre de impurezas, denominado “sala limpa”, composta de três compartimentos. Para impedir a entrada de qualquer “corpo estranho” que possa danificar os equipamentos de alta precisão, o ambiente é submetido a uma pressão um pouco mais elevada do que a normal. Luvas, sapatos, touca, avental e óculos especiais fazem parte do traje obrigatório usado na sala limpa. Até para falar é preciso tomar cuidado, pois qualquer partícula pode contaminar as placas, sempre manuseadas com pinças.
Fabricação – As placas de silício passam por vários processos, que vão desde a metalização, feita em fornos com temperatura variando entre 500 e 1000 ºC, até o teste final do circuito integrado. O grupo é, normalmente, dividido em duplas, sendo que cada aluno fabrica seu próprio circuito, posteriormente encapsulado e soldado aos terminais (pontos de contato dos componentes), através de fios de ouro e emendas em alumínio.
Esse processo é feito por meio de um equipamento de solda a vácuo. Cada placa fabricada armazena 256 chips, ou seja, dá origem ao mesmo número de circuitos. Ao final, a avaliação dos chips é feita por computadores.