A obra reúne nove textos teatrais de sua autoria, e a noite de autógrafos será dia 18 de dezembro, a partir das 19 horas, na galeria do Teatro Municipal Brás Cubas, em Santos.
O diretor teatral e dramaturgo Gilson de Melo Barros é um apaixonado pelo fazer teatral, pelas relações humanas e pelo diálogo com o público. Tudo isso está presente nos treze textos teatrais escritos por ele nos últimos vinte anos e pela primeira vez reunidos em livro.
Os textos, segundo Gilson, foram resultado de encomendas para serem montados e levados à cena pelo Teatro Experimental de Pesquisas (TEP-Unisanta), grupo dirigido pelo autor do livro. Eles registram espetáculos de montagens acolhidas com boa repercussão junto à crítica e ao público, conquistando plateias e prêmios ao longo das suas trajetórias. “A publicação representa um arco descritivo sobre as atividades do grupo, revelando olhares, interesses, fazeres e a poética desenvolvida.”
No prefácio, a artista Beatriz Rota-Rossi destaca a importância da obra ao revelar textos comprometidos com as questões humanas, que continuam atuais na linguagem apurada pelo tempo: “A paixão e a morte, o sonho e a decepção; a gargalhada, o grito e o alívio – toda a perplexidade humana percorre os textos apresentados”.
Devido ao logo tempo em que os textos foram sendo produzidos, é fácil acompanhar evolução da escrita e o aprimoramento dramatúrgico do diretor, com abordagens temáticas a partir do acento biográfico, como em “A fantástica história da Condessa Della Lata”, de 2005, “Florkactus”, de 2007, e “Olhos de fazer morder”, de 2010, respectivamente sobre Ivani Ribeiro e Alayde Camargo, Frida Kahlo e Patrícia Galvão.
Os focos regionalistas das montagens são revisitados na obra, como “Cirandas de Maria”, de 2001; “O ordálio da pedra enlutada”, de 2004, e “Ilhas de ser tão mar”, de 2008. A crítica política também faz parte de várias encenações de sucesso, principalmente nos últimos trabalhos, como “O homem que sonhava pernas, passos e canções”, de 2022, e “Vila Belmiro – a noite da navalhada”, de 2024, em parceria com a artista Beatriz Rota-Rossi, sobre passagens da história da cidade de Santos durante a ditadura militar.
Para completar, a obra traz dois fragmentos de roteiros, para encenação e para cinema, resgatados parcial e especialmente para esta publicação: “O auto da barca do Brasis”, de 2000, e “Vila Belmiro”, de 2003, realizado para participação, como curta-metragem, no II Curta Santos. Completam a coletânea dois textos curtos, em formato de monólogos: “O mar começa aqui” e “Ainda é tarde, amor”, ambos de 2005.
Atualmente, Gilson se dedica ao desenvolvimento de seu novo trabalho junto ao TEP, o texto teatral, ainda em processo, “A Flotilha”, em que aborda assuntos ligados ao equilíbrio político entre os povos e a sustentabilidade do planeta, temas que nos transportam diretamente ao universo contemporânea e seu desvendar.
O livro Corte & Sutura teve o trabalho de pesquisa, organização e dramaturgia realizado pelo autor, Gilson de Melo Barros.
A edição contou com fomento oferecido pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, através da PNAB – Política Nacional Aldir Blanc, e seu lançamento tem o apoio da Prefeitura de Santos, através da Secretaria Municipal de Cultura.
Sobre Gilson
O artista, escritor e diretor Gilson de Melo Barros entrou para o grupo Teatro Experimental de Pesquisas (TEP) no início da década de 70 e, em 1980, assumiu a direção e coordenação, seguindo até hoje. Referência no mundo cultural de Santos e região, com apresentações também em outras cidades, o grupo tem criado produções audiovisuais associadas ao universo digital, aproximando-se de um público mais jovem.
Serviço
Lançamento do livro Corte & Sutura
Dia: 18/12
Horário: 19h
Local: Teatro Municipal Brás Cubas
Av. Pinheiro Machado, 48 – Vila Mathias Santos SP / Entrada franca