No último dia 5 de novembro, o Cineclube Lanterna Mágica da Universidade Santa Cecília – Unisanta realizou mais duas sessões do projeto “Sessão – Aprender com Cinema”. Essa ação cultural foi desenvolvida em parceria com o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi Unisanta) e com o Centro de Formação Darcy Ribeiro, da Secretária de Educação de Santos (Seduc).

 

A primeira sessão ocorreu pela manhã. Na ocasião, houve uma dinâmica de degustação surpresa, na qual o público degustou alimentos, sem saber do que eram feitos. As comidas foram produzidas pelos alunos do curso de Nutrição da Unisanta, envolvidos no Projeto de Extensão “Nutrição Sustentável: do lixo à mesa”.

 

Os estudantes serviram receitas nutritivas feitas com alimentos reaproveitados, como salgados e doces feitos com cascas de banana, folhas da cenoura e de beterraba, talos de brócolis, entre outros produtos retirados antes da comercialização, que podem ser aproveitados.

Em outro momento, no período da tarde, aconteceu uma segunda sessão, na qual os convidados presentes degustaram pipocas, enquanto assistiam à exibição de curtas-metragens e participavam de uma leitura da narrativa audiovisual.

Angela Ilha, coordenadora do curso de Nutrição da Unisanta explicou o porquê de ser uma degustação surpresa. “A pessoa vai sem receios, ela já não cria estigmas, nem preconceitos com relação ao alimento, então a gente não fala, só depois de elas comerem que vem a estratégia de contar que aquilo ali foi uma receita com um ingrediente diferenciado”.

“A gente pensou em uma palha italiana com cascas de banana, que foi testada anteriormente por um projeto de extensão, e em duas preparações de tortas salgadas, onde a gente consegue colocar esse aproveitamento do alimento, como um ingrediente de recheio ou na massa”, completou sobre as receitas produzidas.

O jornalista e coordenador do Cineclube da Unisanta, Eduardo Ricci, destacou o intuito da atividade. “O foco é sempre a possibilidade de aprender com o cinema, porque ele é entretenimento, mas também pode nos ajudar a ser um processo de ensino realizado, não só como uma ferramenta pedagógica. Então, através da linguagem, das trocas, das fases de fazer o filme, entender como que é esse processo. A gente usa o curta para falar de narrativas que têm que ter uma solução rápida, num curto espaço de tempo, que às vezes pode ficar muito tempo no nosso imaginário”.

Essa atividade já ocorreu anteriormente, com alunos de escolas públicas da região. Dessa vez, nos dois horários de atividades, as sessões contaram com a presença dos profissionais do Centro de Formação Darcy Ribeiro da Seduc Santos, professores de Artes do ensino público, contadores de histórias e bibliotecários.

Claudia Maria Alonso, professora da Seduc, falou sobre a iniciativa de reproduzir a atividade, mas dessa vez com os educadores. “Nessa oficina, a gente já tinha experimentado com os nossos alunos e foi um absoluto sucesso. O curta-metragem para nós é uma ferramenta muito importante, é um recurso fundamental porque a gente consegue delimitar esse trabalho, fazer um projeto em cima dessa linguagem”.

“Eu tenho certeza que toda a discussão que foi desenvolvida é uma temática que atende as nossas expectativas como educadores, mas principalmente como uma mediação a qualquer movimento de leitura. Hoje o nosso exame de uma democracia de leitura é determinante para que a gente possa atingir outros estágios de compreensão”, finalizou a profissional.