Ex-aluno da Fefesp apresenta trabalho científico em congresso de Cardiologia

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A Universidade Santa Cecília – Unisanta foi a única instituição particular que teve trabalho científico aprovado no 42.º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Com o tema “A obesidade associada a melhores níveis de força muscular em indivíduos acometidos de Covid-19”, o projeto, desenvolvido pelo ex-aluno do curso de Educação Física (Fefesp) Victor Santana, com coautoria da Dra. Caroline Teixeira, diretora de Saúde da Unisanta, e do Prof. Nicolau Teixeira, coordenador da Fefesp, foi apresentado de 16 a 18/6, no evento.

Com ajuda do ambulatório pós Covid-19 da Unisanta e do projeto Leforte, os dados fizeram parte do trabalho de conclusão de curso de Victor no curso de Educação Física da Unisanta, no ano passado. Orientado pelos professores do Lafes Alexandre Galvão da Silva e Débora Dias Ferraretto Moura Rocco e Danilo Valente Gomes, monitor do Lafes, o ex-aluno decidiu enviar a pesquisa para a Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo). Depois de passar por um crivo de avaliações feitas pela comissão da Sociedade, seu projeto foi selecionado pela entidade como um dos 22 trabalhos a serem apresentados no evento, considerado um dos mais importantes da área de Cardiologia na América do Sul.

Organizado pela Socesp, a edição de 2022 do Congresso abordou o tema “Reduzindo a mortalidade por doenças cardiovasculares”.  No evento, foram apresentadas as principais novidades em tratamentos, medicamentos e tecnologias, pesquisas e tendências mundiais na cardiologia.

“Fantástica. Participar do melhor congresso de cardiologia do Brasil com apresentação de pesquisa científica realizada em nossa universidade (Unisanta) sobre Covid-19. Poder estar ao lado das melhores universidades do Brasil é um sentimento de dever cumprido. Aqui, fazemos ciência!”, assim o professor e orientador Alexandre Galvão avalia a participação da equipe do Lafes/Unisanta no congresso.

A escolha do tema, a recuperação de pacientes com obesidade, em recuperação da Covid-19, segundo o professor, se faz necessária, diante do comportamento dessa doença e seus vários fatores de risco na sociedade moderna. “Nosso Laboratório de Fisiologia do Exercício busca, por meio desse estudo em questão, alternativas mais precisas de treinamento para a melhora do paciente, assim individualizando as terapias de recuperação”, ressalta Galvão.

Segundo Victor, autor do projeto, um trabalho científico que engloba temas como a obesidade e a Covid-19 é extremamente importante, visto que normalmente é feito um comparativo no qual se encontra que a obesidade é um fator de risco para várias doenças.

“Mas a gente consegue trazer que (na pesquisa), a obesidade está relacionada a melhores níveis de força muscular, em indivíduos pós-Covid, e esses maiores níveis de força muscular são ótimos, porque, quando pensamos em qualidade de vida e realizações da vida diária, a força é extremamente necessária. Então, esses pacientes obesos no pós-Covid passam a ter uma vantagem em relação às pessoas não obesas”, diz Santana.

Com um tema tão diferente, associando a obesidade a uma melhora no prognóstico pós-Covid-19, o ex-aluno da Fefesp comenta a repercussão que o projeto teve na Socesp. “Gerou muita curiosidade nos avaliadores que passaram por lá para assistirem à apresentação e, como todo novo dado, gerou uma boa discussão durante e no pós-apresentação”.

Por fim, o professor do Lafes salienta “a alta direção e a diretora Caroline Teixeira pelo incentivo à pesquisa científica”.