Com diploma reconhecido na Alemanha, ex-aluno de Educação Física pretende iniciar carreira no exterior

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Formado em Educação Física pela Universidade Santa Cecília, Ilya Lopes oficializou o seu diploma e pode exercer a profissão no estado alemão de Baden-Württemberg onde vive. A conquista de Ilya, que é descente de alemão, também beneficiará os demais formados na Fefesp Unisanta, que agora terão facilitados seus processos de validação profissional em território alemão.

Com o reconhecimento do seu diploma brasileiro de graduação nesse território, Ilya só precisa do certificado de proficiência no idioma alemão para exercer a profissão no país.

Nascido em Santos, Ilya Lopes estudou no Colégio Santa Cecília em sua juventude e conta que sempre teve muito interesse em esportes. Aos 21 anos de idade, quando retornou ao Brasil depois de um período vivendo nos Estados Unidos, Lopes decidiu ingressar num curso de Educação Física: “Toda a minha vida estava relacionada aos esportes”, conta sobre essa época. Ele escolheu a Unisanta pelo diferencial no currículo, pois os alunos nessa área se formam com dois títulos diferentes (bacharel e licenciado pleno), o que amplia as oportunidades profissionais.

O educador físico guarda boas memórias de seu tempo universitário. Lembra a inauguração do prestigiado Laboratório de Fisiologia do Exercício e Saúde (LAFES) e destaca a experiência única que teve como Presidente do Diretório Acadêmico da Fefesp, principalmente durante os tradicionais jogos universitários, interagindo com outros cursos durante esse evento. Além disso, ele reconhece a importância que a universidade teve no seu desenvolvimento pessoal: “Uma vez que eu comecei a minha carreira acadêmica na Unisanta, eu percebi que ser professor era o que eu tinha que fazer”, conta Lopes.

Atualmente Ilya Lopes, com 42 anos de idade, vive em uma pequena vila chamada Urloffen, no extremo sudoeste da Alemanha, quase fronteira com a França (é mais próxima de Estrasburgo, importante cidade francesa, do que de Stuttgart, capital do estado de Baden-Württemberg, por exemplo). Ele trabalha em uma escola de ensino fundamental, auxiliando crianças de 6 a 10 anos de idade com suas lições de casa e também atua como professor dos idiomas português e inglês.

A vontade de ter uma carreira na área da Educação Física no lugar em que escolheu viver foi naturalmente um impulso, porém o processo para atingir esse objetivo foi demorado e isso se deveu, em grande parte, ao pioneirismo por parte de Lopes em seguir a carreira tão longe de onde se graduou. Ele conta que todo o processo demorou cerca de sete meses: “Primeiro tive que traduzir todos os meus documentos, diplomas, históricos escolares entre outros. Depois tive que preencher formulários que não acabavam mais. Tive que pagar muitas taxas e também ter muita paciência. Aqui na Alemanha quase tudo se faz por correio”, explica Lopes, que encerra o raciocínio de forma otimista: “Os benefícios são muitos. A profissão de professor é muito reconhecida, respeitada e valorizada (na Alemanha)”.

Ilya Lopes conta que, a partir do momento em que esse processo de regulamentação estiver encerrado (algo que está próximo), pretende dar aulas de Educação Física até a sua aposentadoria, além de prosseguir com sua vida acadêmica. O educador físico declara ainda a sua satisfação em ter “aberto uma porta” para os outros alunos desse curso da Unisanta, lembrando que este seu processo específico será bem mais rápido e simples, já que o currículo de Educação Física da Universidade Santa Cecília, a partir de agora, é reconhecido nessa região alemã.

O relato da trajetória profissional de Ilya Lopes se soma com o de vários outros ex-alunos da Unisanta para enriquecer o argumento de que a busca resiliente pelo exercício ideal da vocação, somada com uma base educacional sólida, são os aspectos fundamentais para uma carreira profissional realizada e bem-sucedida. É como o polímata estadunidense Benjamin Franklin uma vez afirmou: “Aquele que tem uma profissão tem um bem; aquele que tem uma vocação tem um cargo de proveito e honra”.