Santaportal – O talento de Gabigol, decisivo pelo Flamengo no título da Libertadores diante do River Plate, já era visto quando o atacante ainda era criança. Ele defendeu as categorias de base do Santos – e, posteriormente, o time profissional – e o Colégio Santa Cecília.
“Ele chegou com os seus pais ainda adolescente. Estava indo para o São Paulo e conseguimos trazê-lo para o Santos, oferecendo uma bolsa de estudos integral do Colégio. Conciliava o campo com o futsal, demonstrou sempre ter muita personalidade, irreverência, determinação, força de vontade, dedicação aos estudos e, principalmente, aos treinamentos, com um estilo próprio desde a adolescência”, relembra Marcelo Teixeira, pró-reitor administrativo da Unisanta e presidente do Peixe na ocasião.
Os excelentes predicados técnicos de Gabigol eram também valorizados por José Ely Miranda, o Zito, eterno capitão do time de ouro do Peixe dos anos 50 e 60 e responsável pelo futebol do clube à época da vinda do garoto. “Ele me dizia que o Gabriel era perfeito nas finalizações, tinha uma visão de jogo e de gol como raros, era objetivo no olhar como artilheiro e nas jogadas visando o gol, além do faro de gol”, detalha Teixeira.
Teixeira também valoriza os ensinamentos dados pelos professor Fabrício e Índio e a equipe do Colégio Santa Cecília, além dos técnicos do Santos em todas as categorias. “Era sempre muito exigido. Como Neymar e Robinho, soube assumir as responsabilidades e dar respostas de artilheiro em cada categoria, chegando ao profissional e à Europa”, conta.
O retorno ao Santos e a recuperação de seu futebol no ano passado, antes de seguir para o Flamengo na atual temporada, também fazem parte dessa trajetória de sucesso que culminou no troféu continental. “Possivelmente ele será um dos atacantes citados para servir à Seleção Brasileira pelo seu amadurecimento e qualidade”, projeta Teixeira.