Alunos do curso de Engenharia de Computação realizaram, na última sexta (7), uma apresentação em formato de pitch com protótipos relacionados à área médica, desenvolvidos durante as aulas da disciplina de Engenharia Biomédica.
Para a avaliação, foi formada uma banca com professores da Unisanta e convidados externos que participaram das mentorias em sala de aula e acompanharam a pesquisa. O pitch é uma apresentação sumária de 3 a 5 minutos, com objetivo de despertar o interesse da outra parte (investidor ou cliente) pelo seu projeto.
Entre os equipamentos confeccionados pelos alunos estão: um medidor de batimentos cardíacos, um sensor muscular EMG, um medidor diário de índice UV, um monitor de Holter, um sensor de desenvolvimento da respiração e um modelo diferente de inalador.
“A Engenharia Biomédica é uma área inovadora e multidisciplinar que aborda conceitos de Química, Física, Biologia, Medicina e Engenharia. A disciplina foi formatada de maneira a contemplar desde os conceitos físicos envolvidos em determinados tratamentos até a concepção dos equipamentos em relação ao funcionamento eletrônico”, explica a Profa. Dra. Tatiani Sabaris, responsável pela disciplina.
Ainda de acordo com a docente, os alunos buscaram informações sobre uma área desconhecida para eles. “Muitos tiveram que aprender sobre corpo humano. Eles estão acostumados com computadores, sensores, componentes eletrônicos e agora tiveram que entrar nesse mundo novo. Isso é fundamental para eles. Estou extremamente orgulhosa, os trabalhos ficaram excepcionais”, disse.
Os protótipos foram vinculados ao Grupo de Pesquisa em Engenharia Aplicada – GPEA, incluídos no Núcleo de Tecnologia Assistiva da Universidade, bem como serão inscritos no Conselho de Ética.
Para o professor da Faculdade de Fisioterapia e coordenador do Núcleo de Tecnologia Assistiva, Prof. Ivo Koedel, as ideias foram excelentes. “O diferencial é que ele deixa de ser apenas aquele aluno que executa o que o professor está orientando e passa a ser proativo, que busca um recurso tecnológico que a gente ainda não tem. O aluno começa a criar experiências com algo que antes não existia e que ele foi buscar a partir de recursos de outras disciplinas como a mecânica, computação, eletrônica, elétrica, de produção”.
Empreendedorismo – De acordo com a gestora de projeto do Sebrae na Baixada Santista, Patrícia Ovalle, a combinação da área da saúde com a tecnologia são os grandes diferenciais do mercado atualmente e as empresas precisam desse desenvolvimento.
“Temos um programa de startups no Sebrae, em que a gente faz um acompanhamento de pré-aceleração de negócios. A maior dificuldade é a pessoa que tem uma ideia, mas não sabe como desenvolver. Esse é o grande diferencial desses alunos, que na verdade vejo como grandes empreendedores. Eles têm
conhecimento de desenvolvimento das soluções e já estão na fase de prototipagem. Quer dizer, eles saíram da fase da ideia, estão validando o problema e a solução com o usuário e o fornecedor que vão efetivamente comprar esse produto. Eles já passaram de uma fase que a gente até desenvolve dentro desse programa”.
Segundo Patrícia, avaliar a evolução do conhecimento do negócio e as tecnologias que os alunos estão aprendendo em sala de aula é muito enriquecedor. “Eles saem da sala de aula e partem para a prática desde o primeiro semestre. Acho que é o grande diferencial dos cursos de Engenharia, que estamos verificando agora para o futuro. Acho que a Unisanta está dando, como sempre, um passo à frente, pois já está trabalhando isso com muita antecedência”.
Os alunos encararam o desafio com muita satisfação. Estudante do 3º semestre de Engenharia, Rodrigo Gradela e seu grupo criaram um inalador ultrassônico. “Ele serve para inalar medicamentos prescritos pelo médico ou soros fisiológicos feitos em casa ou comprados na farmácia. O diferencial dele no mercado seria o tratamento de outras doenças neurológicas como dor de cabeça, asma, bronquite e até tratamentos fisioterapêuticos para relaxamento muscular”.
Integraram a banca examinadora dos projetos: Célia Nunes, fundadora e gestora da empresa ADM & MED e da Startup Determinados; Patrícia Ovalle de Oliveira Silva, gestora de projeto de TI&C do Sebrae na Baixada Santista; Armando de Arruda Pereira, professor da Unisanta; Ivo Koedel, coordenador do Núcleo de Tecnologia Assistiva e professor da Universidade Santa Cecília; Vinícius de Moura Pellatiero, professor da Universidade Santa Cecília; Raquel Galhardo, professora da Universidade Santa Cecília; Luís Fernando Pompeo Ferrara, coordenador do curso de Engenharia da Computação da Unisanta; Sabrina de Cássia Martinez, professora da Unisanta.