maioria das pessoas considera a Matemática um bicho de sete-cabeças, e só de ouvir falar em suas fórmulas, já ficam de cabelos em pé. Se os adultos reagem assim, o que podemos dizer das crianças? Será que elas gostam de fazer continhas e solucionar problemas? Mas afinal, elas se perguntam, porque eu tenho que aprender Matemática?
A fim de esclarecer essas dúvidas, o Colégio Santa Cecília promoveu, no dia 26, às 8 horas, no Anfiteatro I, palestra que teve como tema A importância e aplicabilidade do conhecimento da Matemática no dia a dia.
O Mestre e doutorando em Educação Matemática, Marco Antônio de Jesus, foi o palestrante. Durante 40 minutos, os alunos das 5ª e 6ª séries aprenderam, de forma descontraída, os fundamentos que envolvem a disciplina. Desde os conceitos de Jean Piaget, até sua utilização nas mais diversas profissões. Para essas explicações, Marco Antônio utilizou exemplos práticos, mostrando imagens e mencionando acontecimentos do cotidiano.
Segundo o professor, palestras para os estudantes dessas faixas etárias são muito importantes : “É essencial mostrar aos alunos que a Matemática pode ser usada naturalmente em qualquer situação. Assim como as outras disciplinas, ela também merece atenção”, diz.
Após a palestra, os alunos puderam praticar um pouco de raciocínio jogando um bingo diferente. No lugar dos números, as cartelas tinham equações matemáticas. Dessa forma, eles tiveram que calcular as contas para saber se tinham ou não o número cantado pelo professor.
De acordo com Marco Antônio, que também é membro do grupo de Pesquisas de Psicologia da Educação Matemática da UNICAMP, existem estudos que comprovam que nem sempre há uma atitude negativa com relação à disciplina. “Todos têm acesso à Matemática, a diferença é que uns se dedicam mais que os outros. Para que não haja essa atitude negativa é necessário que os professores estimulem os alunos e evitem que eles desenvolvam traumas relacionados ao seu desempenho. Dessa forma, afastamos qualquer tipo de medo que o aluno desenvolva em relação aos números”, concluiu.