A Profa. Dra. Sílvia Teixeira Penteado, reitora da Universidade Santa Cecília (Unisanta), foi destaque em uma matéria da Revista Ensino Superior, que abordou o papel das Instituições de Ensino Superior (IES) na promoção do hábito da leitura. Na reportagem, a reitora compartilhou a trajetória e o impacto do Programa de Incentivo à Leitura/Baixada Santista (Proler/BS), sediado desde 1994 na Unisanta, em parceria com o Ministério da Cultura.
O Proler/BS nasceu como um projeto de extensão universitária, unindo a valorização da literatura à capacitação de educadores e à promoção do hábito de leitura na comunidade. Entre as iniciativas de destaque estão os cursos de formação para professores, o Projeto Bibliotecando – que qualifica auxiliares de biblioteca – e a Biblioteca Itinerante, que leva livros a diferentes localidades da Baixada Santista.
“Projetos como o Prêmio Proler e o Escreler também desempenham um papel fundamental ao reconhecer e estimular o hábito de leitura e a produção textual, especialmente entre estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, destacou a reitora. “Essas iniciativas dão visibilidade às boas práticas e inspiram novas ações.”
Atualmente, o programa atende nove municípios da Baixada Santista e já alcançou milhares de pessoas, reforçando a cultura literária na região.
Dados recentes da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil 2024 revelam que 53% da população não leu nenhum livro nos últimos três meses, representando uma perda de 6,7 milhões de leitores nos últimos quatro anos.
Para a reitora Sílvia Teixeira Penteado, o cenário é preocupante, mas não surpreendente: “A falta de acesso a livros, o baixo estímulo à leitura e as desigualdades sociais criam barreiras que afastam a população do universo literário. Precisamos atuar de forma integrada para reverter esse quadro.”
Segundo a pesquisa, a maior parte dos entrevistados (85%) indicou que costuma ler em casa, enquanto as salas de aula estão sendo cada vez menos utilizadas como espaços de leitura. “Precisamos resgatar o papel das escolas e universidades como espaços de formação de leitores, promovendo o prazer pela leitura desde a infância até a vida adulta”, ressaltou.
Sílvia Penteado enfatiza que o incentivo à leitura não deve ser uma responsabilidade exclusiva da educação básica. “As universidades têm um papel estratégico na promoção do hábito de leitura, pois alcançam um público diverso, que inclui futuros professores, bibliotecários, escritores e outros profissionais que serão multiplicadores desse conhecimento.”