O engenheiro e professor do curso de Sistemas de Informação e Análise de Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Santa Cecília – Unisanta, Luis Fernando Bueno Mauá, foi fonte de matéria do jornal A Tribuna sobre “Lixo Espacial”, publicada na edição do dia 10 de março.

Na reportagem, o professor explicou as problemáticas que envolvem o tema e revelou se existem motivos para se preocupar. “Mesmo que o espaço seja vasto, a quantidade de lixo acumulada ao redor da Terra já é suficiente para gerar preocupação e exigir soluções para evitar que o problema se agrave”.

“Há risco para satélites ativos e estações espaciais. Pequenos fragmentos, viajando a velocidades superiores a 28 mil km/h, podem perfurar satélites ativos e danificar sistemas críticos. A Estação Espacial Internacional (ISS) já precisou manobrar diversas vezes para evitar colisões com lixo espacial. O perigo para missões espaciais também existe: uma nave tripulada pode sofrer impactos catastróficos se colidir com um fragmento grande. A Nasa (agência espacial norte-americana) e a Agência Espacial Europeia (ESA) rastreiam detritos continuamente para ajustar trajetórias”, completou.

No entanto, o profissional também destacou que, embora o lixo espacial seja um desafio, existem várias soluções sendo desenvolvidas para evitar que ele se torne um problema ainda maior. Dentre as iniciativas, ele citou o robô espacial ClearSpace-1, desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA); o Astroscale, obra de uma startup japonesa; e feixes de laser para empurrar o lixo, que estão sendo estudados por pesquisadores.

Para finalizar, Mauá ressaltou o planejamento que algumas empresas têm desenvolvido para, além de limpar o que já está em órbita, evitar que novos satélites se tornem lixo no futuro. “Empresas como a SpaceX e a Amazon (Kuiper) estão desenvolvendo satélites que se desintegram sozinhos ao final de sua vida útil. Já cientistas japoneses estão usando materiais ecológicos, ao projetar satélites de madeira, que queimam completamente na atmosfera ao final de sua missão”.

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