O professor Aureo Pasqualeto Figueiredo, do curso de Engenharia Civil da Universidade Santa Cecília, fez parte de matéria publicada na página A-4 do Jornal A Tribuna, na edição do dia 4 de setembro (terça-feira), sobre a situação dos patrimônios arquitetônicos de Santos, que segundo especialistas, podem estar “correndo risco de incêndios”.
No texto, o docente explica que são necessários quatro fatores para acontecer um incêndio. “Esses fatores são: o combustível, um comburente (oxigênio), calor e algum fator que inicie a reação química que originará o fogo”. Em seguida, Aureo diz que é comum que construções antigas (não só de museus e prédios históricos) tenham menos tecnologia de prevenção.
“Isso requer uma atenção especial de manutenção. O incêndio pode decorrer de um evento natural, um raio, e, depois, de um conjunto de falhas que contribuem para que essa instalação seja consumida”, conta Aureo, que é doutor em Automação Portuária e Segurança do Trabalho.
Sobre o incêndio do Museu Nacional, o professor considera o evento como uma tragédia histórica. “A legislação de incêndio é farta. Você tem como adaptar instalação antiga com novos equipamentos, o a permite evitar que um incêndio ocorra, ou que seja combatido com a menor perda. No entanto, isso custa caro”, conclui o docente de Engenharia da Unisanta.
Por fim , Aureo diz que perdas como a do Museu Nacional são “reflexo da desvalorização de espaços de preservação da memória e da identidade do brasileiro”. Em seguida, ele declara que o gestor público “tem que dar conta, deve denunciar ao Ministério Público que as verbas não estão sendo repassadas, questionar a situação e tomar providência. A regra do jogo é prevenir a ocorrência”, acrescenta o professor.