Entre os objetivos da Rete estão realizar pesquisas científicas e promover estudos integrados com as necessidades operacionais, econômicas e mercadológicas de cidades portuárias, áreas marítimas e territoriais.
A Universidade Santa Cecília (Unisanta), por meio do seu Núcleo Avançado da Associação para a Colaboração entre Portos e Cidades/Rete, promoverá encontros frequentes para discutir a acessibilidade ao porto de Santos, por sugestão dos empresários e do público participante do Seminário que reuniu, nos dias 12 e 13 de setembro, representantes das visões estatal, do transporte modal e de empresários, no auditório do Bloco E da Universidade.
A Rete Unisanta (rete, em italiano, significa rede) será transformada em um fórum para discussões, contribuindo com o aporte de pesquisas e local para reunir todos os interessados. Os problemas apontados no seminário pedem soluções rápidas. “São situações de urgência que não podem se transformar em situações de emergência”. Temos que tomar todo o cuidado para que as questões mostradas não se agravem, alertou o coordenador da Rete Unisanta, engenheiro Adilson José Gonçalves.
Entre os presentes, ficou clara a necessidade de se continuar discutindo os problemas da acessibilidade. Houve uma concordância, por parte dos representantes das prefeituras, dos modais de transporte e dos empresários, para a importância de se fazer investimentos, definir questões de financiamento, de se obter maior valor agregado, de se garantir acessos mais adequados ao porto.
Maior rapidez nas definições quanto ao licenciamento ambiental de áreas para expansão foi outra solicitação dos envolvidos, além da necessidade da visão do Estado ficar acima das questões partidárias.
Visão Empresarial
Representando a Visão Empresarial, participaram do Seminário na manhã desta sexta-feira os senhores Vander Serra de Abreu, da ABTRA – Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados; Carlos Alberto de Castro, da ABTL – Associação Brasileira de Terminais Líquidos e Martin Aron, da ABTTC – Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres.
O jornalista Leopoldo Figueiredo, editor do Caderno Porto e Mar do jornal A Tribuna de Santos, foi o mediador dos debates.
No Painel Visão Modais de Transportes, na noite de quinta-feira, os debates ficaram por conta dos senhores José Roberto Lourenço, gerente de Relações Institucionais da MRS Logística; Rui Lopes, pesquisador da Fundação de Desenvolvimento de Tecnologia da USP, representando o diretor do Departamento de Revitalização e Modernização Portuária da Secretaria de Portos da Presidência da República; Prof. Dr. José Wagner Ferreira, consultor na área logística de transportes. O engenheiro Adilson Luiz Gonçalves, coordenador da Rete Unisanta, foi o mediador. Ele é professor dos cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura e Urbanismo, além de pesquisador do Nepomt – Núcleo Brasileiro de Estudos Portuários, Marítimos e Territoriais, criado na Universidade, em 2009, e agregado à Rete.
Participam do Comitê Científico da Rete especialistas da Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, França, Reino Unido e Brasil. A Unisanta é o primeiro Núcleo Avançado no Brasil do Comitê Científico.
O Núcleo Avançado Rete/Unisanta objetiva “ampliar o intercâmbio nacional e internacional de conhecimentos e boas práticas, mediante viagens de estudos, seminários e outras atividades”. A proposta é atuar também junto a prefeituras de cidades portuárias e contribuir com um espaço de reflexão, discussão e divulgação da produção de conhecimento através de estudos e pesquisas de interesse científico e tecnológico, em parceria com a iniciativa pública e/ou privada, bem como em colaboração com outras instituições de pesquisa e o setor produtivo.
Rete internacional – A missão da Rete é construir uma rede internacional de cidades portuárias e portos, “com especial referência, ainda que não exclusiva, aos portos da Europa e da América Latina, tendo como objetivo desenvolver e melhorar a relação recíproca e mútua colaboração, para obter desenvolvimento equilibrado e qualificado dos âmbitos urbanos e portuários”.