A bronca dada no segundo dia de finais pelos técnicos Márcio Latuf, Gerson Pazian, Fábio Massaini e Joel Moraes despertou a equipe feminina da UNISANTA para um feito até então inédito: vencer o Troféu José Finkel. A competição, realizada na Unisul, em Palhoça, Santa Catarina, se desenrolava como de outras edições, com o domínio do Esporte Clube Pinheiros, da Capital, enquanto UNISANTA e o Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte, Minas Gerais, brigavam por pontos para terminar o mais próximo possível do título.

Diante disso, os técnicos reuniram as meninas e deram uma chamada geral. A intenção era a de aumentar a motivação e ampliar os níveis de competitividade da equipe. Ao término da terceira etapa de finais, a UNISANTA ultrapassou em 25 pontos a equipe da capital paulista e uma grande expectativa surgiu entre os atletas e a comissão técnica.

No fim da última etapa eliminatória, outra reunião com a equipe feminina foi marcada, mas com um outro enfoque: era a primeira vez que a disputa estava equilibrada e se tudo desse certo, a UNISANTA tinha grandes chances de levar o título no feminino e a prova de revezamento seria decisiva, de acordo com os técnicos. Após momentos de tensão e muita empolgação, a equipe santista conquistou o inédito título brasileiro absoluto no feminino, quebrando a hegemonia do EC Pinheiros. Com uma diferença de apenas 18 pontos, o troféu veio para Santos, abrindo a perspectiva de uma conquista ainda maior: a de campeã geral.

PERSONAGENS DA CONQUISTA – Foi a primeira vez que a atleta da UNISANTA, Lina Barbosa, participou de um Troféu José Finkel e já saiu campeã. Nascida em Minas, Lina veio para Santos há menos de três anos para treinar e estudar. Nadadora de 50m e 100m borboleta, ela se classificou para duas finais B e ajudou a equipe a marcar pontos, fazendo a diferença na hora da vitória.

Outro novo nome da natação brasileira que integrou a equipe santista foi Ana Carla Carvalho, de apenas 16 anos. Nascida no Paraná, Ana Carla mudou-se para Santos com a família há pouco tempo e participou de seu segundo Finkel pela equipe. Nadadora de 50m, 100m e 200m peito, a atleta nadou duas finais A, nos 50m e 100m peito, e uma final B, nos 200m peito.

Mas nem só por iniciantes é formada a equipe campeã e a nadadora Natália Grava, de 24 anos, é um exemplo disso. Atleta da UNISANTA há seis anos, Natália ganhou duas medalhas de bronze – nos 50m livre e 50m borboleta, além de ganhar a final B nos 100m nado livre e ser a 4ª colocada na final B nos 100m borboleta. Além dela, Maressa Nogueira, há sete anos na equipe, também nadou os 50m e os 100m nado peito e disputou uma final A e uma final B nas respectivas provas. A equipe também conta com destaques como as atletas Pan-Americanas Larissa Cieslak, Lílian Cerroni, Michelle Lenhardt, Ana Marcela Cunha e Nayara Ribeiro; e com nomes como Bárbara Jatobá e Lívia Carvalho, entre outras.

Para o técnico Márcio Latuf, o que fez muita diferença foram as atletas de “miolo”, que são aquelas que não ganham medalhas, mas disputam finais em suas provas e marcam pontos. “O miolo da UNISANTA é muito forte e sem dúvida nenhuma elas foram o fator decisivo na conquista desse título”, diz Latuf satisfeito.