Georgina Bardach, nadadora da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), alcançou na manhã deste domingo (6), a sua 17º. Medalha de ouro em campeonatos brasileiros absolutos, além de ser a primeira somar em quatro competições o número máximo de medalhas obtidas em provas individuais. Com a vitória nos 200 metros medley na quinta e última etapa do 47º. Campeonato Brasileiro Absoluto de Verão/Troféu Maria Lenk, a nadadora Argentina, que desde 1999 atua pela UNISANTA somou sua quarta de ouro nesta temporada.

Ela já havia vencido as provas dos 200 costas, 200 borboleta e 400 medley, performance que lhe valeu a segunda melhor pontuação (157 pontos), na disputa do Troféu Eficiência, entre as mulheres. Georgina ainda esteve entre as melhores detentoras de índice técnico, com 940, graças ao desempenho nos 400 metros medley, prova na qual registrou o tempo de 4m047s07.

Apontada como a melhor a nadadora latino-americana, graças principalmente à medalha de bronze nos 400 medley, nos Jogos Olímpicos de Atenas, Georgina è foco das atenções da grande Imprensa brasileira. Na edição deste domingo (6), de O Globo, ela aparece com destaque.

A matéria a coloca como um obstáculo no caminho das brasileiras no Pan:

“A lista de conquistas é grande, e justifica a expectativa da Argentina (e o temor do Brasil) em relação às medalhas que ela pode conquistar nos Jogos Pan-Americanos, em julho. Aos 23 anos, Georgina Bardach é a mais talentosa nadadora daquele país, com participações em duas Olimpíadas (Sydney-2000 e Atenas-2004, quando conquistou o bronze nos 400m medley), em dois Pan-Americanos (Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003, do qual saiu com a medalha de ouro também nos 400m medley) e em Mundiais.No mais recente, em março, em Melbourne, ela bateu o recorde sul-americano dos 200m medley da brasileira Joanna Maranhão”.

“Natural de Córdoba, Georgina é figura fácil por aqui. Agora mesmo, ela está no Brasil. Veio disputar o Troféu Maria Lenk de Natação, que termina hoje. Até agora, ganhou as três provas que disputou (200m costas, 200m borboleta e 400m medley); e, hoje, deve garantir mais uma vitória nos 200m medley. Depois, ela volta para a Argentina, onde nada no Campeonato Nacional, classificatório para o Pan. A competição brasileira não é usada como seletiva pelo país:” Eu venho para cá porque o nível das brasileiras é mais alto do que o das argentinas. E é melhor usar uma competição para treinar”, explica a nadadora, que ontem, ganhou os 200m borboleta, em 2m13s09.”

“A dois meses do Pan, Georgina ainda não decidiu quais provas nadará no megaevento. Por enquanto, pretende competir nos 400m medley. Hoje, seu tempo (4m40s92) é quase dez segundos melhor que o de Joanna Maranhão (4m50s70), o nome mais forte do Brasil na prova. Como a final dos 200m borboleta e a semifinal dos 200m medley caem no mesmo dia, ela terá de optar”.

“Se o fator emocional é uma ameaça ao desempenho dos brasileiros, nada parece abalar a confiança da argentina. O segredo é o fato de ter disputado outros Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas durante a carreira. “Eu fico tranqüila. Acho que a experiência ajuda muito nesse momento”, encerra Georgina.