As finais do 22º Torneio Don Peixito Olímpico de Natação agitaram a piscina longa (50m) da Universidade Santa Cecília. Pais e atletas se preparavam sob o sol de outono. O Torneio envolve crianças de 8 a 12 anos. No mesmo ambiente alguns atletas brincavam e outros se desesperavam. Pais corriam para todos os lados cuidando de seus pequenos atletas
Tensão à beira da piscina, cada buzinada era uma leva de pais que gritavam desesperados. Os atletas em “suas marcas”, não escutavam nada. Felipe Ribeiro de Souza (Petiz II) vencedor dos 100 borboleta e 100 livre, começou a nadar para melhorar suas fortes crises de bronquite. Sua mãe Marili Ribeiro diz “Felipe nasceu prematuro com oito meses, sofria muito com crises de asma”. Agora está bem até demais. Obteve estes resultados dormindo tarde todos os dias, reclama.
Matheus Alcântara (Petiz I) venceu os 100m peito, disse estar muito feliz, tinha certeza de sua vitória. Sua mãe Elaine Martins estava tranqüila, “Ele é um menino de ouro, se dedica muito aos estudos e aos treinos” comenta.
Luiz Felipe Alberto (Petiz II) estava muito nervoso antes de sua vitória folgada nos 100m peito. Seu pai Marcelo Alberto, bem mais tranqüilo disse que “Luiz Felipe é muito dedicado no que faz”.
Luana Oliveira (Petiz I), uma das promessas da Unisanta, ganhou duas medalhas de prata, nos 100 livres e 100m borboleta. Seu pai Antônio Oliveira disse que ainda estão se adaptando em Santos. Acabaram de se mudar de Mongaguá após Luana ter ganhado à Bolsa Atleta. ”Luana ficou sem treinar uma semana por estar com dengue”.
Gabriela Pontes (Petiz I), vice-campeã nos 100 metros nado de peito, estava impressionada com a altura de sua adversária de Peruíbe, quase 1,70m. Sendo que a maioria não chega a 1,50m.
Muitos atletas que se destacam nos treinos, geralmente travam nos dias das competições. Renata Silene (Petiz I) é um exemplo, seu nervosismo e de sua mãe, Catia Silene, era visível. Renata não dormiu direito à noite e sua mãe na hora da competição, não conseguiu filmar o desempenho da filha.
Alguns atletas também sentiram muita falta de seus pais. Patrícia Perrote (Petiz II) estava muito nervosa e com dores nas pernas. Disse que sentia muito a falta de sua mãe, que estava trabalhando.