Paralimpíadas Rio 2016
O mesatenista Israel Pereira Stroh conquistou a medalha de prata na 1ª final individual da história do Brasil no tênis de mesa paralímpico. A final da Classe 7 dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 foi realizada nesta segunda (12), no Pavilhão 3 do Rio Centro. O ouro ficou com o britânico John William Bayley (1º no ranking mundial). A partida foi definida em 3 sets a 1, com parciais de 11/9; 5/11; 11/9 e 11/4.
No primeiro set, o santista Stroh (12º no ranking mundial) chegou a fazer 9 a 7 no placar, mas Bayley virou o jogo e fechou em 11 a 9. O brasileiro voltou bem para o segundo set e abriu 7 a 1 na segunda parcial, trocando pontos até finalizar o set em 11 a 5.
O terceiro set foi disputado ponto a ponto. Com 9 a 9 no placar, um ataque de Bayley desviou na rede e tirou Stroh da jogada. Na sequência, o brasileiro atacou uma bola para fora e perdeu o terceiro set po 11 a 9. O britânico fechou o quarto e último set em 11 a 4 e garantiu a medalha de ouro.
“Eu não acho que tenha sido uma das melhores finais, também não foi das piores. O que faltou foi aproveitar as oportunidades. No quarto set, acho que senti a perda de terceiro. Mas foi uma satisfação enorme. Será uma competição que vai ficar marcada para sempre na memória. Essa medalha tem gosto de ouro porque não tem medalha mais forte que o ouro. Se tivesse, teria o sabor dessa. Foi uma sensação muito boa! Eu não era favorito, a gente veio surpreendendo rodada a rodada. Foi muito difícil! Se ganhar o ouro em Tóquio, acho que não será a mesma coisa. Jogamos em casa, com a energia da torcida. Então, foi melhor que ouro”, disse o mesatenista.
Stroh havia superado o mesmo adversário na estreia. De acordo com a imprensa, após a final ele se agarrou a uma bandeira do Brasil e foi ovacionado pelo público. Nas Paralimpíadas Rio 2016 Stroh venceu, além do britânico, os ucranianos Mykhaylo Popov e Maksym Nikolenko, números 2 e 3 do mundo.
Até esta segunda-feira, a única medalha do Brasil na modalidade, em Paralimpíadas, foi em Pequim, em 2008, por equipes, com Welder Knaf e Luiz Algacir.
Histórico – Aos 30 anos, Stroh já representou o Brasil em 17 países diferentes, conquistou 19 medalhas internacionais e participou do Campeonato Mundial, na China. Ele tem movimento reduzido em quatro membros, devido à falta de oxigenação no cérebro durante o parto materno. Formado em jornalismo, exerceu a profissão, mas largou para se dedicar somente ao esporte.
Fonte: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa