Por: Elaine Saboya e Elizabeth Faria / Fotos: Sara Hoffmann
Parte dos atletas optou por conhecer a Cidade pela manhã. Na segunda-feira, a equipe dará entrevista coletiva à imprensa, às 10h30, no Consistório da Instituição
Gregório Paltrinieri, ouro nos 1.500 metros livre e Campeão Europeu em Londres (2016), foi um dos nadadores da Itália que treinaram na piscina olímpica da Universidade Santa Cecília (Unisanta), na manhã deste sábado (23/7). Sua meta: conquistar a medalha de ouro e o recorde mundial na modalidade, na Rio 16. É considerado um das maiores estrelas da delegação italiana, na equipe masculina.
Estavam presentes também Diletta Carli, recorde italiano no 200m livre e nos 400m livre na categoria juvenil. Ela e vai disputar as provas de revezamento; Gabriele Detti, os 1500 m livre; e Simone Sabbioni, nado costas.
Nem todos os atletas treinaram pela manhã. Os demais foram dispensados para conhecer a Cidade, por estratégia técnica. Outros destaques da seleção italianaque já estão em Santos é a nadadora Federica Pellegrini, atual recordista mundial e campeã olímpica em Pequim/2008 nos 200 metros livre, e Marco Orsi, prata nos 50 metros livre no último Mundial de Piscina Curta.
Além da equipe de natação, que permanece na Unisanta até 3 de agosto, os atletas de maratona aquática da Itália também escolheram a Universidade para treinamento no período pré-jogos (de 1º a 10/8). Já os de triatlo treinam de 9 a 18 de agosto.
Aclimatação e estrutura – O manager da seleção italiana, Stefano Rubaudo, reafirmou sua aprovação à estrutura da Unisanta para os treinamentos. Em maio de 2015, ele já havia declarado que a Instituição era o local ideal para o treinamento dos atletas europeus. “É uma das poucas piscinas cobertas do Brasil e tem a possibilidade de abrir e fechar o teto”, disse aos jornalistas neste sábado. Além disso, a Cidade fica perto do Rio de Janeiro, é tranquila e não tem a periculosidade de São Paulo, sem falar do clima, parecido com o do Rio. Por isso que é a situação ideal para treinarmos aqui”, destacou Rubaudo.
Os italianos vieram a tempo de se aclimatar de maneira ideal, segundo ele. “Chegamos com cinco horas de fuso horário. Para cada hora de fuso horário é necessário um dia para adaptação. Os outros dias servirão para a parte final do polimento. Assim, chegaremos ao Rio com o menor desgaste possível para a entrada na Vila Olímpica”, explicou.
Convivência estimulante – Mesmo sem a possibilidade de entrevistas com os atletas, as principais redes de TV especializadas em esporte e a mídia local compareceram ao Complexo Esportivo para fazer imagens. O Pró-Reitor da Unisanta, Marcelo Teixeira, disse que era um motivo de orgulho receber a delegação italiana, a maior numerosa que está em Santos.
“A seleção italiana é numerosa e qualificada. Receber estrangeiros já é uma rotina aqui na Unisanta, a exemplo das maratonas internacionais aquáticas realizadas em Santos com o apoio e organização da Universidade. “Mas sempre há uma expectativa muito grande em vista da olimpíada. Esse intercâmbio é muito estimulante para os atletas da Universidade e também para os alunos, pelo incentivo aos esportes”. Para Marcelo, essa convivência tem sido natural, saudável e capaz de gerar novos campeões no futuro. E a Itália tem uma importância especial, pois os descendentes desse país em Santos são numerosos e muito queridos.
Sobre os treinamentos dos estrangeiros, “tudo será feito de forma cautelosa, segura e organizada para que nem atrapalhe as equipes nem as orientações das autoridades, a PM, da Guarda civil, da Polícia Civil e de todos os envolvidos no acompanhamento da segurança e do próprio Campus, que terão atividades normais a partir do dia 1º.
“Já temos o orgulho de possuir atletas olímpicos de diversas modalidades aqui mesmo na Unisanta, campeãs do mundo em suas provas, e agora, recebendo estrangeiros que também são medalhistas olímpicos, é muito vantajoso pois estimula e incentiva a pratica do esporte, motiva não só aqueles que estejam exercendo uma modalidade, mas também para aqueles que não estejam, como crianças e adolescente.
Organização – Rosa Maria do Carmo, Diretora de Natação da Unisanta, explicou que os horários destinados aos treinos dos estrangeiros são bem divididos, está tudo bem alinhavado. “A maioria dos atletas está em período de polimento, um apronto final antes da competição propriamente dita. A importância da nossa ação com esses países é muito grande a responsabilidade também. Esperamos dar um feedback bem legal pra eles”.
“A natação é uma modalidade muito exata. A equipe italiana é muito forte, vêm aí com muitos atletas olímpicos e um deles objetiva o recorde olímpico e talvez ganhe medalha de ouro. Aí eu penso: que legal, ganhou medalha de ouro, bateu recorde e banhou-se nas águas do Santa Cecília”.
Quando perguntada se já imaginou a Unisanta conquistar ouro e prata nas Olimpíadas, Rosa foi enfática: “Eu não tenho problema do coração, mas se isso acontecer, eu vou ter! Vai ser uma felicidade muito grande. Rosa conclui dizendo: Quer saber de uma coisa, essa instituição merece, porque há muito anos apoia a natação, e está na hora de ser coroada com uma medalha olímpica, e seja qual for a cor, ela será muito bem-vinda”.
Triatlo: em agosto
A delegação italiana tem cerca de 70 pessoas, é a maior que está na Cidade. A equipe de triatlo da Itália começará a treinar em agosto, com dois atletas no masculino e duas no feminino. No masculino, Alessandro Fabian, de 28 anos, é 29º no ranking da WTS (World Triathlon Series) e conseguiu a 10ª colocação nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Davide Uccellari ocupa a 45ª posição no ranking da WTS. Com 21 anos, é o mais jovem entre os triatletas italianos classificados e vem de uma 29ª colocação nas Olímpiadas de Londres. No feminino, Annamaria Mazzetti, de 27 anos conseguiu a 46ª colocação nas Olimpíadas de Londres e ocupa a 30ª posição no ranking da WTS. Charlotte Bonin, de 29 anos conseguiu a 44ª colocação nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008 e é atual 44ª triatleta do ranking da WTS.