Núcleo integrará as diversas práticas restaurativas desenvolvidas pela Unisanta como o Núcleo de Direitos Humanos, Observatório do Migrante, o Escritório de Assistência Judiciária, entre outras.
Com o intuito de apoiar e desenvolver a cultura de paz e a justiça, a Universidade Santa Cecília – Unisanta instalou, no dia 30/09, o Núcleo Universitário de Práticas Restaurativas (NUPRE) “Professora Nilza Pirilo Teixeira”. O evento foi realizado de forma virtual pela plataforma Zoom e contou com a participação da Alta Direção da Universidade e autoridades da cidade. A profa. Emília Maria Pirilo, Pró-Reitora Acadêmica e Comunitária da Unisanta e também fundadora do Complexo Santa Cecília, esteve presente na solenidade.
O núcleo leva o nome da fundadora do Complexo Educacional Santa Cecília, em reconhecimento à sua trajetória e ao universo acadêmico, que busca a humanização, a sensibilização e melhores formas de convivência pessoal.
O núcleo será criado a partir das Resoluções 2002/12 da ONU e 225/2016 do CNJ e entre os seus objetivos estão: implementar um núcleo que integre as diversas práticas restaurativas da instituição para o exercício da democracia participativa, que visa fortalecer os indivíduos e a comunidade; proporcionar um caminho para o despertar da consciência e interromper o ciclo da violência e contribuir para a disseminação da Cultura de Paz.
A Justiça Restaurativa faz parte do 16º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável ONU 2030 que integra ações de Paz, Justiça e Instituições Eficazes. A Unisanta está no seleto grupo de 31 instituições brasileiras selecionadas para participar da United Nations Academic Impact (UNAI), associação internacional ligada às Nações Unidas (ONU).
A instituição foi reconhecida como membro do programa Impacto Acadêmico das Nações Unidas por valorizar seu compromisso e promover atividades com base nos dez princípios de: Erradicação da Pobreza, Construção de Capacidades, Educação para Todas e Todos, Cidadania Global, Acesso à Educação Superior, Direitos Humanos, Diálogo Intercultural, Paz e Resolução de Conflitos, Sustentabilidade e a Carta das Nações Unidas.
Após a pandemia da Covid-19, será desenvolvido o espaço físico do NUPRE, destinado à prática do processo circular e de humanização. O atendimento contemplará a comunidade interna e externa da Universidade, com a participação de alunos, professores e funcionários, além de possibilitar a prática da metodologia científica através do desenvolvimento de Trabalhos de Conclusão de Curso, construção de artigos e outras formas de participação.
Justiça Restaurativa – A Unisanta realiza, de forma inédita no estado de São Paulo, o curso presencial de Pós-Graduação Lato Sensu em Justiça Restaurativa, que consiste na técnica de solução de conflito e de violência que se orienta pela criatividade e sensibilidade a partir da escuta dos ofensores e da vítima.
Coordenado pela Profa. Mestra Liliane Claro de Rezende e Profa. Dra. Selma Martinez Simões Rodrigue de Lara, o curso visa trazer aos envolvidos uma nova filosofia de vida, iniciada por um olhar mais humano e empático sobre as situações rotineiras da sociedade, trabalhando com a metodologia dos Círculos de Construção de Paz, da professora norte-americana Kay Pranis.
Atualmente com aulas remotas, possui participantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, ONGs e demais interessados, que buscam metodologias para melhor convivência dentro de seu ambiente de trabalho e da própria vida.
A Especialização em Justiça Restaurativa pode ser aplicada em todas as áreas e ambiências, desde o campo familiar, judicial, escolar, empresarial, entre outras. Ao final deste curso, o aluno sairá com o título de “Especialista em Justiça Restaurativa”, estando habilitado para atuar como Facilitador em processos circulares e Multiplicador (Formador) de bases facilitadoras.
A Justiça Restaurativa está garantida como política pública, por meio da Lei Municipal 3.371, de 2017.
Outras informações sobre o curso podem ser obtidas aqui.
Confira os depoimentos de algumas das autoridades:
Profa. Nilza Pirilo Teixeira, fundadora do Complexo Educacional Santa Cecília e homenageada com o nome do evento
“Agradeço essa homenagem que é tão importante. Acredito que estou representando mulheres e homens que fazem um esforço em prol da cultura da paz que, neste momento, é tão importante nas famílias, nas cidades, para um mundo cada vez mais inclusivo, com vínculos afetivos para que se formem realmente as pessoas mais solidárias e mais humanas”.
Profa. Dra. Sílvia Teixeira, reitora da Unisanta
“Estamos com autoridades representativas da nossa cidade, homenageando uma educadora e fundadora deste Complexo, que caminha para o Jubileu de Diamante, 60 anos da instituição. E homenagear Nilza é também homenagear a todos os seres humanos que se dedicam à paz, à união, à conciliação, a escutar os outros e deslumbrar um futuro melhor para todos. Junto a este núcleo, cuja instalação celebramos hoje, outros núcleos, instrumentos e trabalhos de todos os cursos também estão congraçados aqui neste momento, entre eles o Observatório de Direitos do Migrante, o Juizado Especial Cível, o Escritório de Assistência Judiciária e tantos outros que se dirigem aos vínculos afetivos a homens e mulheres. Parabéns a todos e muito sucesso”.
Dr. Marcelo Teixeira, pró-reitor Administrativo da Unisanta
“É uma parceria, um trabalho em conjunto, tanto do Núcleo, através de seus propósitos e objetivos, como da Universidade, em termos daquilo que já é feito, não só nesta, mas em outras atividades do Campus. Esse Núcleo servirá, especialmente, para trazermos a dignidade para as pessoas, conseguirmos resolver conflitos e encontrar soluções, principalmente, na relação entre as pessoas, para o mundo que nós queremos buscar com o ser humano mais fraterno. A utilização da academia para exercer trabalhos, pesquisas e todo o desenvolvimento de atividades voltadas internamente fará com que este núcleo, que é pioneiro, seja uma referência no Brasil e no mundo em termos de Justiça Restaurativa”.
Profa. Dra. Lúcia Maria Teixeira, presidente da Unisanta
“É um dia muito feliz para todos nós, pois estamos reunidos para abrir novos caminhos para o despertar da consciência, interromper o ciclo da violência e contribuir para a disseminação da Cultura de Paz. Cumprimentamos a todas pelos esforços, professora Liliane, professora Selma, não apenas no nosso Curso de Pós-Graduação em Justiça Restaurativa, mas com outras iniciativas implantadas na Unisanta, de tantos anos, como Núcleo de Direitos Humanos, Observatório Unisanta do Migrante, Observatório Unisanta da Violência contra a mulher. Aliás, todos e todas que estão aqui tem vários esforços em várias entidades, em prol da nossa cidade, do nosso país e do mundo”.
Profa. Cristina Barletta, secretária municipal de Educação de Santos
“Com certeza esses reflexos vão ser sentidos na cidade como um todo, porque muitos profissionais saem daqui para o mercado de trabalho, não só com uma formação profissional, mas com uma formação humana, com esse olhar, com a cultura da paz correndo nas veias e disseminando tudo o que a gente precisa. O mundo precisa de paz”.
Profa. Liliane Claro de Rezenda, coordenadora do Núcleo e do curso de Pós-Graduação em Justiça Restaurativa da Unisanta
“O objetivo do núcleo é pensarmos em uma proposta de um ambiente onde possamos trabalhar com a pesquisa e com as práticas restaurativas que estão dentro dos princípios e valores. Justiça Restaurativa já é uma Política Pública, é uma Lei Municipal dentro da nossa cidade. E dentro desse decreto, existe a criação desses núcleos, porque eles vêm para fortalecer a Política Pública municipal. Dentro da Universidade, pensamos no quarto núcleo com a proposta de podermos fomentar esse trabalho de pesquisa com os nossos alunos do curso de Pós-Graduação que já existe”.
Profa. Selma Martinez Simões Rodrigues de Lara, coordenadora do curso de Pós-Graduação em Justiça Restaurativa da Unisanta
“A Justiça Restaurativa é uma tecnologia social, que envolve o pertencimento, o fortalecimento das relações humanas. O princípio da Justiça Restaurativa é o não julgamento, cada um falar de si, da sua história, não julgar o outro. Dentro dessa proposta da confidenciabilidade, nós vamos nos pertencendo a esse cenário, que é da humanização, que é do ser humano, porque basicamente, todos nós temos necessidades, sentimentos, emoções, independente do cargo que estejamos exercendo socialmente.O núcleo será a concretização de todas essas pessoas do ambiente interno da Universidade e da comunidade externa também, porque o objetivo é transformar essa missão da Universidade que já existe, de trabalhar, com esse retorno, a função social e aprimorar todo esse trabalho que já é feito há muito tempo por intermédio do núcleo.”
Dra. Renata Arraes, procuradora-geral do município, representou o prefeito de Santos no evento
“A semente da Justiça Restaurativa vem sendo plantada aqui na cidade em todos os cantinhos, no Poder Judiciário, no Poder Executivo e no Poder Legislativo. Um núcleo, criado dentro de uma Universidade, eu entendo como um avanço tremendo, porque é levar ao conhecimento dos universitários a importância da cultura da paz, das práticas restaurativas, para preparar o aluno não só para a vida profissional e o mercado de trabalho, mas para a vida como ser humano mesmo. Sem dúvida nenhuma, a criação desse núcleo aqui na Unisanta é um marco para a nossa cidade”.
Profa. Maria Cristina Pereira Matos, diretora de Pós-Graduação da Unisanta
“O curso de Justiça Restaurativa é o primeiro no estado de São Paulo e talvez seja o primeiro no Brasil. Nós abraçamos essa proposta da Justiça Restaurativa. É um curso totalmente voltado para essas práticas de cultura da paz. A Justiça Restaurativa faz parte de um dos dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da Agenda 2030 da ONU. É o decimo sexto Objetivo. Então, a Unisanta, mais uma vez, entra nesse pioneirismo, abraçando essa necessidade.