A Revista Estudos – publicação da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) -, Ano 27, Nº 39, edição de dezembro de 2010, traz artigo de autoria da presidente da Universidade Santa Cecília (Unisanta), a escritora Lúcia Maria Teixeira Furlani.
Com o título Unir para construir, o texto de Lúcia integra um conjunto abrangente de pontos de vista de educadores, os quais “apresentam propostas que visam colocar o país à altura dos desafios de desenvolvimento dos próximos dez anos”, comenta o presidente da ABMES, Gabriel Mario Rodrigues.
Na apresentação da revista, que tem como tema central Políticas públicas para o ensino superior particular, Rodrigues ressalta ainda que a última edição de 2010 representa um esforço da ABMES em oferecer ao próximo governo subsídios à elaboração de políticas para o desenvolvimento e o fortalecimento do setor privado.
Além de educadores, a publicação traz textos do Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Mota; do membro do Conselho Curador da Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular (Funadesp), Sérgio Fiuza Mendes; entre outros nomes de influência nacional na área da Educação.
Sobre o artigo de Lúcia Teixeira Furlani – A autora inicia seu texto dando ênfase aos dividendos obtidos por outras nações ao aplicarem políticas de educação consistentes e perenes, “que resultaram em avanços significativos tecnológicos e, como consequência, na melhoria da qualidade de vida de suas populações”.
De acordo com Lúcia, a missão de elevar a qualidade de ensino em todas as suas dimensões não poderá estar limitada apenas a um ciclo de governo. A atenção maior, afirma a escritora, deve ser voltada aos ensinos fundamental e médio, pois são os que mais carecem de ações emergentes e contínuas para assegurar o acesso de todas as camadas da população ao Ensino Superior, além da garantia de financiamentos aos mais carentes.
Não só os recursos pedagógicos precisam ser melhorados, comenta a educadora. Os níveis salariais dos docentes do ensino básico devem ser revisados de forma a garantir o estímulo necessário à manutenção e à contratação de professores de qualidade reconhecida, além de estimular jovens talentos a ingressar na profissão.
A autora enriquece o artigo com dados do relatório conclusivo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pmad), recentemente divulgado pelo IBGE. Conforme o texto, o país ainda abriga cerca de 14 milhões de analfabetos, um contingente que representa 10% da população com mais de 15 anos.
Lúcia aborda ainda temas como a situação da docência brasileira, a necessidade imposta às instituições de nível técnico e superior de recuperar conteúdos mínimos de alguma forma não absorvidos nas escolas básicas, a oferta insuficiente de incentivos públicos para o ingresso de alunos com baixas condições econômicas ao ensino superior, entre outros importantes assuntos.