A tecnologia a serviço da educação, sem esquecer o humanismo e a figura do professor, o crescimento cada vez maior dos cursos a distância e a necessidade de se preparar com urgência as escolas e os professores para esse novo paradigma foram alguns dos itens abordados pelos debatedores em tempo real, dia 18, dos Estados Unidos, França, Itália e Brasil, com retransmissão ao vivo na Universidade Santa Cecília (UNISANTA), do 4º Telecongresso Internacional de Educação de Jovens e Adultos sobre Mídia e Educação.
John Daniel, presidente do Commonwealth of Learning, destacou a utilização de softwares abertos, de banda larga, mas também de meios tradicionais, como áudio e impressos. Disse que os alunos devem ser estimulados a fazer seus próprios vídeos e a interagir com todas as mídias. O professor será importante no processo da educação virtual, mas desde que ele não seja apenas aquele que informa, que só transmite informações que podem ser encontradas em outros lugares. O professor insubstituível é aquele que ensina a pensar e a interpretar, o que a tecnologia não pode fazer.
A tendência, conforme os debatedores, é de cursos que acentuam a presença física e outros que acentuam a presença virtual. O que vai preponderar, no futuro, será a presença virtual, mas o potencial humano precisa ser preservado. A inclusão social tem que ser feita por meio das tecnologias.
O professor Fredric Litto, da Escola do Futuro e Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), lembrou que as mídias, no passado, davam ênfase mais à idéia de massa, com o objetivo de atender ao maior número possível de pessoas. Agora as mídias novas procuram personalizar suas mensagens. A variedade de currículos e cursos híbridos atenderão mais aos alunos. Os cursos a distância também serão fundamentais para incluir os 10% da população mundial que sofrem de algum problema físico, que impeça ou dificulte sua locomoção.
Programa do Telecongresso
O Telecongresso teve continuidade nesta quarta-feira, com a conferência Os protagonistas da sociedade do conhecimento, com o jornalista Heródoto Barbeiro, da Rádio CBN e como mediador, Timothy Moulholand, vice-reitor da UnB.
Simultaneamente, as mesas-redondas com os temas O papel das redes de comunicação públicas e privadas, com Lúcia Araújo, gerente-geral do Canal Futura, e Sebastião “Tião” Correia dos Santos, da Rede Viva Rio de Radiofusão Comunitária; e Sujeito crítico na sociedade do conhecimento, com José Manuel Moran, da Universidade de São Paulo (USP), Maria Rosa Abreu de Magalhães, da UnB e Ronaldo Mota, do MEC.
Dia 20, no encerramento, será abordado na conferência o tema Mídia e Democracia: inclusão e formação de valores. Já a mesa- redonda discutirá o tema Valores e humanismo na sociedade do conhecimento. Para encerrar o 4º Telecongresso, haverá mesa – redonda com conclusões sobre Mídia e educação na sociedade do conhecimento: a contribuição para a cúpula mundial da sociedade da informação.
Informações no site www.telecongresso.sesi.org.br.