A bióloga da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Lílian Hage, está participando da 7ª Expedição pela Amazônia do Projeto Peixe-Boi Amazônico – CMA/IBAMA. Lílian, que é a responsável pelo projeto na UNISANTA, participa da expedição por meio de um acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Universidade e o Centro de Mamíferos Aquáticos – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (CMA/IBAMA) para a realização de pesquisas conjuntas sobre o peixe-boi amazônico.
O peixe-boi amazônico(Trichechus inunguis) é caçado desde a colonização do Brasil. Essa espécie pertence à Ordem Sirenia que vive há cinqüenta e cinco milhões de anos no planeta. O peixe-boi amazônico corre o risco de desaparecer em pouco tempo e encontra-se na categoria de vulnerável à extinção. O trabalho será realizado para impedir que isso ocorra.
Desta vez a expedição vai passar pelo rio Amazonas no trecho compreendido entre Santarém-Belém e visitará as comunidades ribeirinhas, num período de 20 dias em uma embarcação. Em 2000, 2002 e 2003, foram percorridos os rios: Negro, Solimões, Jaú, Unini, Carabinani, Tefé, Jutaí, Purus, Madeira e vários lagos como Janauacá, Manaquiri, Tefé, entre outros, no Estado do Amazonas, e o Tapajós e Arapiuns, no Pará,
A equipe do Projeto faz o levantamento da distribuição geográfica do peixe-boi, além de realizar a campanha “Não Mate” de conservação da espécie. A expedição é organizada pelo projeto Peixe-Boi Amazônico, que é executado pelo CMA/IBAMA através da parceria entre a Fundação Mamíferos Aquáticos e o Conselho Nacional dos Seringueiros.
Artefatos de caça serão trocados com os ribeirinhos por camisetas e bonés com o slogan: “Eu protejo. E você?”. O intuito é diminuir os materiais utilizados para a captura do animal e sensibilizar as comunidades quanto à importância de proteger a espécie, afirma a bióloga.
O peixe-boi amazônico é um mamífero aquático dócil que vive nos rios e igarapés da bacia Amazônica. Quando adulto, ele se alimenta de plantas aquáticas, podendo pesar entre 300 e 400 quilos. Sua respiração é feita pelos pulmões. O animal pode chegar até três metros de comprimento. Essa espécie não tem predador natural, sendo o homem a sua única ameaça.
Reprodução – Um dos motivos para seu desaparecimento é a dificuldade com que a fêmea se reproduz. Seu período de gestação é de 13 meses e ela geralmente só tem um filhote a cada três anos, após atingir a idade adulta. Sua preservação está amparada por lei. A caça e a comercialização da sua carne, gordura, couro e outros produtos derivados são considerados crime.