Alexandre Carmo destacou a importância de palestras como a que fez na Universidade Santa Cecília, afirmando que essa é uma ponte da Universidade com o mercado de trabalho
Ter conhecimento de gestão operacional é um dos requisitos fundamentais exigidos no perfil do engenheiro do século XXI durante os processos de admissão de grandes empresas em todo o mundo. A afirmação foi do executivo e recrutador da empresa alemã SAP, Alexandre Carmo, em palestra para um auditório lotado de alunos de engenharia e de outros cursos da Universidade Santa Cecília (Unisanta), na noite de 16/8.
Responsável pela implantação do sistema de gestão empresarial SAP em empresas líderes de mercado como as automobilísticas Porsche e BMW, Carmo compartilhou com os estudantes um pouco de sua experiência adquirida atuando em mais de 30 multinacionais.
“No século passado, esse profissional tinha uma função mais tecnicista. Hoje, as grandes empresas esperam que eles entendam não só de processos de trabalho, como a configuração de um processo de gestão de produção”.
Carmo enfatizou que é preciso ter uma visão sistêmica, mais integrada, que ultrapasse o conhecimento técnico da área de formação. “É importante também deter conhecimentos de setores como controladoria, recursos humanos e logística, saindo do chão de fábrica para alcançar outros patamares dentro da empresa”, acrescentou, durante sua palestra que teve como tema “Boas Práticas – O Mercado do Século XXI – Conceitos, Tendências e Carreiras”.
Diferencias – Em palestras no País e no exterior, Carmo sempre destaca alguns diferenciais necessários para enfrentar a concorrência no mercado de trabalho.
Ele enfatiza que é preciso ter conhecimento em rotinas de gestão integrada, espírito de liderança, comunicação e proficiência em idiomas, o que amplia o alcance em atuação de projetos diante de uma esfera de internacionalização e fusão de empresas, abertura de capital e busca de fornecedores e clientes em outros países. “A formação superior no entendimento dos alunos é fundamental, mas para as empresas é apenas um pré-requisito”.
Além das competências técnicas e interpessoais, é essencial se dedicar no desenvolvimento de network profissional, que é o relacionamento com as empresas. “O profissional precisa se fazer presente no mercado, mostrar a que veio. As empresas entendem isso como um conceito de pró-atividade”.
Sobre sua presença na Unisanta, comentou: “Esses eventos que fazemos dentro das universidades são muito importantes, pois como prestamos consultoria na solução de gestão integrada para várias multinacionais e participamos da implantação de projetos, é muito comum que as empresas nos envolvam no processo de contratação. Assim, acabamos recomendando profissionais. Para nós, essa é uma ponte da Universidade com o mercado de trabalho”.