A aeronave foi testada por alunos e docentes do Grupo de Pesquisa em Engenharia Aplicada (GPEA) da Unisanta
No dia 26 de março, o Grupo de Pesquisa em Engenharia Aplicada (GPEA) da Universidade Santa Cecília (Unisanta), formado por acadêmicos e docentes, em parceria com o InovFabLab e a Albatroz Brasil Drones, testaram um avião construído pela equipe da instituição.
O feito foi divulgado no site latino americano Droneshowla, nesta quinta-feira, 4/4. A matéria ressalta que ‘o drone tem dois metros de envergadura e foi construído com espuma de poliestireno, fibra de vidro, peças feitas na impressora 3D (PLA) e filme automotivo. Esse processo construtivo resulta em uma aeronave resistente e de baixo peso. A motorização é elétrica e utiliza bateria de Lítium Polímero com excelente relação peso/capacidade de carga’.
A docente de Engenharia, Sabrina Martinez, explicou que ‘as Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA, na sigla em inglês, popularmente conhecidas como drones), fazem parte das linhas de pesquisas do GPEA e possibilita o contato dos alunos com essa nova tecnologia’.
O docente Floriano Peixoto destacou que a aerodinâmica da nave é avançada e com ‘seus dois metros de envergadura, ela tem uma excelente relação sustentação/arrasto, necessitando de pouca energia para se manter voando’. Além disso, ele explica que são utilizadas asas com as pontas viradas para frente porque isso ‘elimina o arrasto induzido, aumentando sua velocidade de voo e sustentação. Também previne o estol, perda de sustentação em baixa velocidade e alto ângulo de ataque, sendo uma aeronave fácil e segura de se pilotar’.
Segunda etapa
O texto ainda lembra que haverá uma segunda etapa do projeto, em que a aeronave receberá um sistema computadorizado de controle de voo, passando a ter estabilidade automática e capacidade de realizar voos autônomos, da decolagem ao pouso, em rotas pré-estabelecidas.
“O avião voará sem a necessidade de receber comandos de uma pessoa, porém esta capacidade não elimina a necessidade de um piloto por segurança e exigência da legislação. Um piloto acompanhará todos os voos autônomos e terá capacidade de intervir a qualquer momento, passando a pilotar a aeronave manualmente, auxiliada por informações recebidas na tela do computador e de uma câmera de vídeo instalada no avião, transmitindo em tempo real para a estação de solo”, diz Peixoto.
Segundo a professora Sabrina, o intuito da primeira etapa do projeto era colocar o aluno em contato com a tecnologia, que ainda não faz parte do cotidiano acadêmico, apesar de estar cada vez mais difundida. “A próxima etapa da pesquisa está relacionada ao estudo da melhoria das placas e softwares de controle, além do aprimoramento do perfil e desempenho da aeronave”.
A pesquisa e a confecção da aeronave foram realizadas pelos estudantes dos cursos de Engenharia Thais Lima, Vitória Kussaba, Gabriel Gomes, Guilherme Rocha, Henrique Compagnoli, Victor Moraes e Gabriel Nacano, com a orientação do pesquisador Floriano Peixoto, do coordenador do curso, Luis Fernando Ferrara e dos professores Sabrina Martinez e Tatiani Sabaris.
O texto é finalizado lembrando que em breve será aberto o processo seletivo para novos integrantes, que irão trabalhar com os alunos que já fazem parte do grupo.