Em 26 anos de atuação do Projeto TAMAR – Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas – foram protegidos e liberados ao mar sete milhões de filhotes. Apesar do crescente e eficaz trabalho de proteção e educação ambiental, desenvolvido pelo programa em 22 bases espalhadas em nove estados brasileiros, ainda há muito a ser feito, visando ao fim da ameaça de extinção das tartarugas marinhas.

A informação é do biólogo José Henrique Becker, coordenador técnico do Projeto Tamar no Estado de São Paulo, palestrante na abertura do IX Simpósio de Biologia Marinha da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), na noite da última segunda-feira, dia 3/07, no auditório da Universidade.

Becker apresentou, a uma platéia de mais de 1200 participantes, os principais focos de ação e os resultados obtidos pelo programa, que monitora 1.100 Km de praias.

O projeto Tamar é executado pelo IBAMA, através do Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas (Centro TAMAR-IBAMA), órgão governamental; e pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisas das Tartarugas Marinhas (Fundação Pró-TAMAR), instituição não governamental, de utilidade pública federal.

Ameaças – Os obstáculos naturais são inúmeros, mas o principal predador das tartarugas marinhas ainda é o homem. De cada mil filhotes que nascem, somente um ou dois conseguem atingir a maturidade.

De acordo com o biólogo, a pesca incidental é atualmente a principal ameaça às tartarugas marinhas. Ao ficarem presos nas redes ou arrastos e anzóis, os animais não conseguem subir à superfície para respirar e acabam desmaiando ou morrendo afogados. A pesca de arrasto de camarão é considerada uma das mais predatórias.

Simpósio – Com repercussão nacional, o Simpósio reúne, até o dia 7/07, pesquisadores, professores e universitários vindos de 15 estados, para discutir temas como: ataques de tubarões, encalhe de mamíferos marinhos, projetos de conservação e educação ambiental, ações para salvar animais marinhos em derramamento de óleo, entre outros.

São 56 minicursos, 13 palestras, além de visitas monitoradas ao Acervo Zoológico, Laboratório de Ecotoxicologia e ao Herbário da UNISANTA.

Trabalhos científicos – Durante o IX Simpósio serão apresentados 79 trabalhos científicos em forma de painel, avaliados por uma comissão de sete pesquisadores. Os três melhores trabalhos serão premiados.

No primeiro dia do evento, fizeram parte da mesa de abertura a reitora da UNISANTA, Sílvia Teixeira Penteado; a presidente da UNISANTA e do Santos e Região Convention & Visitors Bureau, Lúcia Teixeira Furlani; a pró-reitora Acadêmica, Zuleika de Almeida Senger Gonçalves; o pró-reitor Comunitário, Aquelino José Vasques;

E também o diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Roberto Patella, o diretor da Faculdade de Pedagogia e professor do Curso de Ciências Biológicas, Fábio Giordano; o coordenador do Curso de Ciências Biológicas (Biologia Marinha) da UNISANTA, João Marcus Miragaia Schimiegelow; o biólogo José Henrique Becker, do Projeto TAMAR; o coordenador de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Marcos Vinícius de Mello, que representou o gerente geral da RPBC, Luis Alberto Verri; e o líder de Meio Ambiente e Segurança da Dow Brasil, José Pereira.

O IX Simpósio de Biologia Marinha da UNISANTA é coordenado pelos professores João Alberto Paschoa e Orlando Couto Jr. A organização está a cargo da professora Lucilene Mendes Pais, com a colaboração de 36 estagiários do Curso de Ciências Biológicas (Biologia Marinha) da UNISANTA.

O evento tem patrocínio da Petrobras e apoio da Dow Brasil, Hotel Praiano e Power Design.

Detalhes da programação podem ser obtidos no site: www.unisanta.br/simposiobiomar ou pelo tel.: (13) 3202-7100, ramal 7316.